Ciop realiza pregão coletivo para compra de remédios

Ação conjunta entre 18 municípios da região busca aquisição de 1.215 medicamentos; economia gira em torno de 40% a 50%

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 31/03/2017
Horário 09:03
 

Melhorar a economia municipal e, de quebra, resolver o problema com a falta de remédios. Na manhã de ontem, o Ciop (Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista) iniciou um pregão coletivo para a compra de medicamentos. Com a participação de 18 municípios do oeste paulista, a realização, dividida em três atas, visa comprar 1.215 itens, incluindo as compras determinadas por decisão da Justiça. Na sede da entidade, 24 empresas do Brasil todo se reuniram para apresentar as propostas de comercialização, que pode gerar uma economia entre 40% e 50%, dependendo de cada cidade.

Jornal O Imparcial Início da primeira etapa do pregão coletivo ocorreu ontem

Por tratar-se de um consórcio, a ideia é fazer uma relação e registro de preços. O diretor executivo do Ciop, Valter Luís Martins, explica que o documento está disponível a todos o municípios que integram o consórcio, disponibilizando a compra de medicamentos, de forma conjunta, durante o ano de 2017. "Ao todo, são três etapas, uma em cada ata. A primeira é destinada à compra dos remédios que mais possuem demanda. Em seguida, são aqueles que possuem uma procura menor, porém, entregues em alta quantidade. Por fim, a última fase engloba as medicações, cuja compra foi determinada através de processos judiciais", completa.

Com a extensão até à tarde, as 24 empresas brasileiras deram o ponta-pé inicial para as ofertas da primeira etapa. Ainda de acordo com o diretor, essa fase representa a compra de 194 itens, equivalentes a 80% do movimento das farmácias municipais. "Vieram até representantes de grandes laboratórios, isso quer dizer que a gente compra direto com o fornecedor e possibilita uma economia fantástica, devido ao volume de solicitações. Se o município gastava R$ 30 mil, ele pode reduzir até R$ 15 mil, por exemplo", afirma.

Apesar de denotar uma boa aceitação, dos 23 munícipios que fazem parte do consórcio, 18 entraram na ação coletiva. São eles: Álvares Machado, Caiabu, Euclides da Cunha Paulista, Flora Rica, Flórida Paulista, Martinópolis, Narandiba, Ouro Verde, Presidente Bernardes, Presidente Epitácio, Presidente Prudente, Rancharia, Regente Feijó, Rosana, Santo Anastácio, Santo Expedito, Taciba e Teodoro Sampaio. O presidente do Ciop e prefeito de Teodoro Sampaio, Ailton Cesar Herling (PSB), garante que a não adesão dos demais membros exemplifica o início de mandato. "Não é nenhuma questão política. Às vezes não deu tempo para fazer a documentação. Porém, mais pra frente, poderão aderir à participação", relata.

Durante o ano, conforme o presidente, a ideia é ampliar mais, já que os prefeitos autorizam a abertura de atas para compra de materiais de enfermagem, odontológicos e até mesmo peças de veículos. "Tudo o que pudermos comprar em conjunto, faremos. Dentro desse momento de crise econômica, a possibilidade dos municípios adquirirem medicamentos com um custo mais baixo e, consequentemente, atender um número maior, é uma saída que não podemos desperdiçar", considera.

 

Prudente

Por ser a cidade que mais compra remédios na região, Presidente Prudente será a que mais economizará. Para o secretário de Saúde do município, Valmir da Silva Pinto, a participação da capital da Alta Sorocabana foi "essencial". "Incluindo Prudente, o volume ficou maior ainda. Comprando sozinho fica mais fraco. Entendo que essa junção é importante, uma vez que a gente pensa regionalmente e não de forma egoísta. Para nós, fortalecer todo o oeste paulista é essencial", comenta.

 
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