Pesquisador científico com mais de 30 anos de atuação vinculado à Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) passa a fazer parte de dois comitês internacionais de expressiva importância na comunidade científica mundial. O engenheiro agrônomo Dr. Nelson Roberto Machado Neto está entre os mais novos membros da Ista (Comitê de Armazenamento da Associação Internacional de Teste de Sementes) e da SSC (Comissão de Sobrevivência de Espécies) da IUNC (União Internacional para Conservação da Natureza). Neste último faz parte de seleto grupo de 213 pesquisadores de vários países, dos quais seis são brasileiros, o que representa apenas 3%.
Dentre os brasileiros, Nelson é o único de universidade particular. Um peso significativo dos pontos de vista pessoal e institucional, classificado por ele como uma bandeira científica para a Unoeste. Fato que contribui na reafirmação da trajetória gloriosa, prestes a completar 50 anos (em outubro) como a 2ª melhor universidade particular do Estado de São Paulo e 11ª melhor do Brasil entre as particulares, conforme avaliação do IGC (Índice Geral de Cursos), do Ministério da Educação. A indicação e o convite para os comitês remontam ao rico histórico de produção científica do indicado e convidado e o pós-doutorado no Real Jardim Botânico da Inglaterra.
Em 2013, com bolsas do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Dr. Nelson e sua esposa, também pesquisadora, Ceci Castilho Custódio, foram para o Reino Unido, como participantes do Millennium Seed Bank Project – projeto global de armazenamento de sementes, com a finalidade de preservar a biodiversidade mundial. Ocasião em que desenvolveram novos estudos em conservação e maturação de sementes de orquídeas no jardim real, junto ao Kew Royal Botanic Gardens, onde nasceu o relacionamento profissional com alguns pesquisadores de lá, entre os quais o Dr. Hugh Pritchard, que agora fez a consulta a Nelson para depois indicá-lo para a Ista.
Por causa da publicação de artigo científico, em menos de 1 mês surgiu o convite da IUCN-SSC, culminando com o ingresso de Dr. Nelson nos dois comitês, simultaneamente. Algo encarado com muita responsabilidade e com o comprometimento junto aos demais pesquisadores que precisam ajustar horários para as reuniões virtuais por conta dos diferentes fusos horários, como no caso do Brasil e Indonésia com 11 horas de diferença, de tal forma que o pesquisador brasileiro tem que acordar de madrugada; às 4h. O que para ele é um prazer, por poder participar e representar a Unoeste junto a entidades tão importantes.
A Ista existe desde 1924 e sua atuação está voltada para desenvolver e publicar procedimentos padrão na área de testes de sementes, realizados em laboratórios de mais de 80 países. O trabalho conjunto de membros da Ista é comprometido em alcançar uniformidade na avaliação de qualidade de sementes no mundo todo. A Ista credencia laboratórios, promove pesquisas, fornece certificados e treinamentos internacionais de análise de sementes, disseminando conhecimento em ciência e tecnologia. Atuação que facilita o comércio mundial de sementes e contribui para a segurança alimentar.
Já a IUNC é uma rede baseada na ciência e que envolve mais de 10 mil especialistas da maioria dos países, juntos por um mundo mais justo que valoriza e conserva a natureza por meio de ações positivas para reduzir a perda de diversidade da vida na terra. No grupo de 213 membros da SSC, o Dr. Nelson trabalha com sementes especiais, inclusive por serem muito pequenas, que são as de orquídeas, plantas de interesse da biodiversidade. A Unoeste abriga um dos poucos grupos do mundo de produção e conservação de sementes de orquídeas.
O ingresso do Dr. Nelson nos comitês contempla exigências da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) de alguns aspectos para os cursos de graduação e pós-graduação, tais como: representação em entidades, internacionalização e produção científica. Sua atuação ocorre nas áreas de ciências agrárias e biológicas com ênfase em melhoramento vegetal de orquídeas e forrageiras (pastagem) e conservação de recursos genéticos; fazendo parte do corpo docente da graduação e do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Agronomia, que oferta mestrado e doutorado.
