Quem tem filhos sabe que o início do ano é hora de comprar materiais e os pais que não querem ter dor de cabeça na última hora devem começar a se programar com antecedência. Comerciantes registraram neste mês um crescimento de 5% em relação a janeiro de 2018 nos materiais mais comuns como: borracha, lápis, caderno, apontador, caneta e régua. Uma pesquisa realizada pela reportagem em três estabelecimentos de Presidente Prudente mostrou que a maioria dos itens utilizados pelos estudantes já obteve uma majoração no preço e até o início do ano letivo as papelarias estimam um aumento de 20% nas vendas.
Segundo o gerente da papelaria Telec, Sérgio Augusto, os produtos escolares mais comuns e essenciais (borracha, lápis, caderno, apontador, caneta e régua) tiveram um aumento de até 10%. “O material que ficou mais caro foi o caderno brochura decorado, que as crianças e as mães têm uma certa preferência em comprar.” Já na Papelaria Poli, o conferente João Polisicho, 43 anos, esclarece que as vendas já aumentaram em relação ao ano passado e os preços dos produtos também (10%, em média), mas a estimativa é de que esse acréscimo da comercialização dos itens chegue a 20% até o início do ano letivo. Para ele, a compra antecipada e o pagamento à vista são os fatores que garantem um bom desconto para os clientes.
O balconista da Gráfica Prudentina, Fagner Gallo, 31 anos, informa que a procura pelos materiais escolares vem ocorrendo desde novembro de 2018 e acrescenta que hoje as pessoas não prezam somente por preço e sim por qualidade e comodidade, pois preferem mandar a lista de materiais para separação e orçamento prévio. “Muitos passam apenas para recolher a compra”. Fagner pontua que a papelaria começa a se organizar com seis meses de antecedência e o cliente não compra com juros de um ano para o outro, porque o estoque foi garantido anteriormente. “Infelizmente quando falta alguma coisa e precisamos repor, cobramos o reajuste do valor atual”.
Para economizar
O diretor da Abcom (Associação Brasileira dos Consumidores e Mutuários), Lyncoln Hebert da Silva, pontua que os pais devem se unir e fazer compras coletivas, pois o preço dos objetos mais comuns (como lápis) fica mais barato em grande quantidade. Outra opção é a troca de materiais entre alunos de anos diferentes, principalmente em relação aos livros didáticos, que mudam anualmente.
Fabiana Morais Tanaka Beraldo começa a se planejar para realizar as compras do material escolar de seu filho já em dezembro, para efetuar a aquisição em janeiro. “As compras antecipadas dessas despesas fixas sempre garantem um bom desconto”. Ela explica que muitas famílias deixam para a última hora e isso tumultua na hora de escolher o produto. Além de pesquisar bastante e reutilizar itens dos anos anteriores, Fabiana prefere não levar o filho às compras para gastar menos.
