Consumo consciente deve ser adotado neste Dia das Crianças

EDITORIAL -

Data 05/10/2017
Horário 11:40

Bonecas, bichinhos de pelúcia, jogos, carrinhos cheios e toda a sorte de brinquedos coloridos, cheios de luzes e barulhinhos compõem o imaginário infantil em todo dia 12 de outubro, quando os pequeninos comemoram a sua data. No entanto, muitas vezes o desejo de presentear o filho e trazer alegria ao semblante inocente e infantil pode resultar em prejuízo financeiro e desorganização econômica, sobretudo em tempos de crise.

Hoje, uma pesquisa publicada neste diário e realizada Fundação Procon chama a atenção para uma diferença nos preços dos itens de até 56,09% nas lojas de Presidente Prudente, com uma diferença bruta de R$ 129,01 para uma simples boneca, em dois estabelecimentos da cidade. Preocupado com o consumidor, o órgão divulgou ainda dicas de economia para que os pais possam presentear da melhor forma e com saúde financeira.

É preocupante que o brasileiro precise recorrentemente ser ensinado sobre como organizar da melhor forma seus recursos. Como um país ex-emergente e atualmente pobre, não há uma cultura de administração econômica, apenas um consumismo exacerbado e um uso de crédito inconsciente, mesmo em meio à recessão econômica.

O que precisa ser combatido não é apenas o uso impensado e irresponsável do dinheiro, mas a necessidade de possuir coisas como algo valioso diante da sociedade. Os pais precisam compreender que quanto mais eles dão a seus filhos, de forma indiscriminada, mais provável é de que as crianças adotem esse tipo de ação compulsiva e impulsiva para a sua vida futura.

Há uma necessidade de resgatar o sentido de datas comemorativas que se tornaram puramente comerciais, como é o caso do Dia das Crianças. Mais importante do que dar bonecos e carrinhos, é um momento especial para que as famílias se reúnam e tenham momentos de interação profunda, real e verdadeira. Não se trata de investir recursos financeiros em coisas, mas investir “tempo de qualidade” em pessoas.

O principal objetivo nesta data não deve ser agradar um desejo momentâneo por algo material que logo se dissipa, sendo substituído por um novo interesse superficial em outra coisa. O sentido real da comemoração é reforçar e perpetuar laços afetivos que infelizmente, estão desgastados pela pós-modernidade.

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