COP25 – financiamento para os países pobres

A 25ª Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), que ocorreu entre os dias 2 e 13 de dezembro de 2019, em Madri – Espanha, foi realizada com o escopo de discutirem as mudanças climáticas no planeta, apontarem soluções e proporem ações mais ambiciosas para o Acordo de Paris, cujas metas aprovadas, em dezembro de 2015, já se mostraram insuficientes para limitar o aumento da temperatura global em 1,5°C acima do período pré-industrial.

Os três assuntos mais relevantes abordados no referido encontro foram a implementação do Artigo 6 do Acordo de Paris, que trata do mercado de carbono, ao financiamento para os países pobres e em desenvolvimento, e o aumento do nível de ambição, para se evitar uma catástrofe climática. Em relação à temática relacionada ao financiamento, os países-membros da União Europeia disseram compreender a insatisfação dos países emergentes, que esperam decisões sobre o futuro do financiamento prometido pelos países ricos.

Metas já se mostraram insuficientes para limitar o aumento da temperatura global em 1,5°C acima do período pré-industrial

O compromisso firmado era providenciar US$ 100 bilhões ao ano para ajudar os países pobres a combaterem e se adaptarem às mudanças climáticas a partir de 2021. Porém, não apenas o valor estacionou em US$ 70 bilhões até agora, como não existe uma definição sobre como esses fundos serão concretizados a longo prazo. Segundo a avaliação de Frans Timmemans, vice-presidente da Comissão Europeia e encarregado do Clima, "se queremos que o mundo avance nessa questão, temos que mostrar a solidariedade dos ricos com os países que enfrentam desafios em mitigação e adaptação, como lhes foi prometido em Paris e depois. Um dos problemas é que há uma lacuna de previsibilidade de que compromisso será esse: o financiamento dos países ricos será mantido a longo prazo? As medidas de adaptação são extremamente caras e precisam ser tomadas”.

O desafio consiste em uma diferença fundamental entre os dois acordos climáticos: antes, só os países desenvolvidos tinham obrigações de reduzir emissões de carbono. A matemática e a prestação de contas ficam mais complicadas no Acordo de Paris, quando todos os países têm metas de reduzir emissões.

 

 

 

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