Crie espetáculos atraentes...

OPINIÃO - Marcos Alves Borba

Data 06/10/2021
Horário 04:30

Estamos praticamente a um passo do final de ano, nitidamente 2021 já está fazendo parte de um passado, e mesmo assim pelo visto, ainda não aprendemos ou não percebemos quantas mudanças. E assim, seja evidente que queremos almejar crescimento e vitória sempre, seja na saúde, na educação, no transporte, isto é, na melhor qualidade de vida a todos e em todos outros instantes que possamos estar. Queremos ter dignidade de nossa existência num mundo chamado de oportunidades que tanto queremos e esperamos. Mas seja possível que ficará na história, apesar de que alguns momentos jamais queiramos que se repitam.
A todo momento, nos deparamos com alianças sendo firmadas, por um propósito que aparentemente se demonstra de grande valia. Mas com o passar do tempo, percebemos o quanto sua durabilidade vai se enfraquecendo e assim se perdem por não se sustentarem, deixando muito bem claro o quanto o aprendizado de se levar vantagem será o primeiro degrau, mesmo tentando não evidenciar uma imagem firme dessa ideia. Seriam talvez velhas raposas, que insistentemente, acreditam que se revestirem de novas ovelhas poderão introduzir seus nobres e velhos hábitos. Seria isso possível, de novo? 
Cada espetáculo premeditado de uma evidência proposital pode nos enganar em questão de segundos, e mesmo assim acreditamos que isso seja o ideal. Cabe-nos novamente a inocente persistência que estamos no caminho certo, pois as previsões, quando de maneira aleatória surgem, podem até acontecer, mas não se sustentam por muito tempo.
No início da década de 1780, espalhou-se o boato em Berlim sobre a estranha e espetacular prática da medicina por um tal de Dr. Weisleder. Ele realizava seus milagres numa enorme cervejaria reformada, diante da qual os berlinenses começaram a ver se formando filas cada vez mais longas – eram cegos, aleijados, qualquer um que tivesse uma doença incurável pela medicina tradicional. Quando se soube que o médico trabalhava expondo o paciente aos raios da lua, ele recebeu logo o apelido de Médico da Lua de Berlim. Do livro “As 48 Leis do Poder”, página 337, de Robert Greene, Ed. Rocco. 
Grandes acontecimentos e eventos, quando são divulgados, evidente que atraem muita gente, e isso pode até se opor as suas necessidades. Mas insistirão até acreditar no que realmente possam ver. Grandes palcos já começam a ser montados, se alastrando ou já se preparando antecipadamente em busca da melhor didática que possa sempre convencer um povo que ainda clama por acreditar que ainda podem. Será? 
O que ainda podemos é acreditar nas mudanças que urgentemente precisam acontecer, e que mesmo de maneira ingênua, seremos alvos perfeitos as suas manobras. Pão e circo já fizeram parte de um cenário não muito acolhedor, e mesmo assim, deixaram sua marca. Muitos foram e fizeram parte desse cenário, outros mesmo desconfiados não tiveram alternativa de suas escolhas e se prostaram a uma demanda que se não optar verá assim mesmo. Quando as velhas alianças se findam com um propósito de melhor caminho a ser seguido, há de precaver de como isso poderá ser firmado. 
Quando estivermos no início de 2022 e isso seja possível, gostaríamos de pelo menos grande parte de nossa gente vibrando o nosso maior sonho... Os grandes espetáculos montados não obtiveram sua plateia. Será?
 

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