A COVID-19 ainda está sendo estudada e entendida. Até mesmo as pesquisas realizadas em profusão durante os dois anos da pandemia serão reanalizadas frente às pesquisas mais recentes e novas descobertas. Porém, frente aos métodos empregados e resultados já devidamente analisados, há informações bastante confiáveis sobre os benefícios do exercício físico.
Associação
A população em geral já sabia do perigo dos vírus, mas não que a gravidade da infecção poderia aumentar na existência de doenças crônicas. Pesquisadores e médicos já sabiam do risco dessa associação por meio de estudos de infecções pelo vírus da gripe e de epidemias anteriores como da SARS-CoV-1 em 2002 e MERS-CoV em 2012. A condição de inflamação sistêmica característica de doenças crônicas significa “fragilidade” para infecções.
Surpresa
“Por que não continuei a frequentar a academia desde o ano passado?” Essa deve ter sido a pergunta que muitos se fizeram quando, para própria surpresa, estudos sobre a relação COVID x exercício físico começaram a ser divulgados poucos meses após o início da pandemia. Por exemplo, entre os fisicamente ativos havia menos sintomas, chances de internação de 30 a 40% menores e, mesmo entre aqueles que evoluíram para o quadro grave, o risco de morte era seis vezes menor.
Potencializar
Nova surpresa para os leigos foi a informação de que o exercício físico aumenta a resposta do sistema imune à vacina, tornando o indivíduo mais bem protegido. Além disso, a perda do efeito imunizante da vacina, que ocorre naturalmente ao longo do tempo, torna-se mais lenta em indivíduos fisicamente ativos. Esse é um fato também já anteriormente conhecido pelos pesquisadores, a partir de estudos com a vacina contra a gripe.
Covid longa
Alguns dos infectados, principalmente hospitalizados e que tiveram agravamento, estão convivendo com sintomas da COVID longa. E adivinhem qual vem sendo a principal terapia: exercício físico. Sim, é hora de voltar ao treinamento ou começar, para quem ainda não fazia. Para obter os benefícios do exercício físico, tais como recuperação e aumento da massa muscular, melhora da função pulmonar, diminuição do grau de inflamação crônica, fortalecimento do sistema imune, proteção cardiometabólica, prevenção de doenças crônicas e infecciosas.
Proteção ativa
Pensando positivamente e com otimismo, não teremos nova pandemia nos próximos 100 anos. Mas não custa considerar o provérbio “o seguro morreu de velho” e manter a prevenção. Para o SARS-CoV-2 e outros vírus existem vacinas, porém não existem ou não são tão eficientes os medicamentos para prevenir as doenças crônicas. Exercício físico, boa alimentação e estilo de vida ativo já eram “remédios” com benefícios atestados para as doenças crônicas, e foram também aprovados com mérito no enfrentamento à COVID. Privilégio nosso ter na própria casa e logo ali na academia essas proteções tão acessíveis.
Exercício físico, boa alimentação e estilo de vida ativo foram também aprovados com mérito no enfrentamento à COVID.