A terceira idade é um período caracterizado por muitas mudanças, e a saúde mental pode ser comprometida, tornando os idosos especialmente vulneráveis a determinados transtornos psíquicos.
Filhos e netos devem ficar atentos a alterações e observar quaisquer propensões, sejam pelo histórico familiar, aspectos psicossociais, grau de instrução ou comorbidades.
São muitos fatores de risco: especialmente a perda das funções sociais, a perda de autonomia motora e financeira (com menor participação ativa no processo de tomada de decisões), a incapacidade temporária ou até mesmo definitiva, a morte de familiares ou colegas próximos - gerando luto e dor marcada por raiva, irritabilidade, amargura e isolamento.
Tais sentimentos podem se manifestar por atitudes emocionais intensas e passam a ser expressos contra todo aquele que venha a compartilhar o luto, como uma manifestação de defesa. Ideias suicidas, de refúgio no alcoolismo, podem ser uma saída. Entretanto, isso gera comprometimento da saúde e fatores importantes nas demências.
Com relação a psicoses, temos que os surtos de esquizofrenia, depressão, bipolaridade e delírios são frequentes na velhice, mesmo sem nenhum sintoma na juventude. É imperativo auxílio de psiquiatra e psicólogo e manter medicamentos nos horários rigorosos.
Muitos idosos continuam trancafiados dentro de seus lares ou em instituições de longa permanência, sem nenhuma visita, em situações de isolamento social. Importante que filhos procurem locais onde eles possam participar de atividades, como clubes, salões de dança, academias de ginástica, excursões ou viagens de turismo.
Transtornos por uso de álcool ou substâncias psicoativas em idosos são comuns aos 60 ou 70 anos, o que contribui para dependência e surgimento de quadros de depressão, irritabilidade, confusão mental, deficiências nutricionais, que pode acentuar mais ainda os quadros neurológicos e demenciais.
A família sempre é fundamental neste processo de ajuda. Quanto mais pessoas se envolverem, melhor.
