Toda a população sabe que tem que recolher o lixo e descartá-lo no local correto. Entretanto, muitos não dão atenção a essa obrigatoriedade. O descarte incorreto pode acarretar muitos problemas para o meio ambiente, com a poluição do solo, água e ar. De acordo com a coordenadora do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), Leila Maria Satocorno e Silva, o Brasil ainda enfrenta problemas em relação aos resíduos sólidos e ao saneamento básico, que se enquadra na vertente de água, esgoto e drenagem urbana. “Todos os descuidos com o meio ambiente retornam para a vida das pessoas, influenciando na qualidade de vida e saúde”.
A população gera diariamente resíduos de materiais que podem ser reciclados e reutilizados, enquanto há o lixo que é inservível, como papéis higiênicos, cigarro, palito de fósforo e outros itens que não podem proporcionar outra função e devem ser encaminhados para a coleta convencional de lixo. Já os resíduos sólidos recicláveis devem ser conduzidos para a coleta seletiva. Leila fala que as pessoas devem conter em casa recipientes para aprimorar a separação, a fim de manter os materiais separados. “Não podemos misturar lixo orgânico com recicláveis para não contaminar”, reforça.
Alternativa
A compostagem é um conjunto de técnicas que ajudam e estimulam a decomposição em um menor tempo e pode ser realizada em qualquer residência. “Hoje, o mercado proporciona embalagens plásticas para isso”. Leila acrescenta que alguns lixos orgânicos não são aconselháveis de se reservar em casa, como gordura, restos de carnes e fezes, porque atraem roedores e odor forte. “Muitas vezes, as pessoas não têm noção da quantidade de resíduos perigosos que são produzidos em uma residência, como lâmpadas, produtos de limpezas, medicações, entre outros”.
A docente relata que em cerca de 60 a 80 dias já é possível ter um composto orgânico em casa e explica que os materiais escolhidos têm um período de vida útil. Já os organismos sólidos inorgânicos possuem uma vida útil mais extensa, como embalagens de plásticos, que contam com um ciclo de mais ou menos 100 anos. Já o metal demora até 500 anos e o vidro mais de 4 mil anos para se decompor.
Um dos problemas do lixo eletrônico são os componentes tóxicos prejudiciais à saúde. “Hoje as pessoas podem fazer uma reutilização, por meio do uso da tecnologia e da reciclagem”, acrescenta a engenheira ambiental.
SAIBA MAIS
O resíduo eletrônico é passivo de ser reciclado e em Presidente Prudente existe um dos maiores mutirões de lixo eletrônico do país, realizado em parceria entre a Unoeste e a Prefeitura. Mais informações podem ser obtidas pelo site http://mutiraodolixoeletronico.com.br/.
DICAS PARA CONTRIBUIR COM O MEIO AMBIENTE
- Compre somente o necessário;
- Utilize sacolas de compras reutilizáveis;
- Descarte o lixo eletrônico em lugar apropriado;
- Opte por produtos concentrados;
- Separe papéis, rasgue-os em pedaços;
- A separação deve contar com uma lixeira específica.
