Diversidade de raças marca Exposição de Animais

Nelore, Brahman, Brangus, Gir Leiteiro e Holandês são alguns dos animais que circularão durante a festa.

PRUDENTE - Aline Martins

Data 10/09/2013
Horário 09:21
 

Os amantes de gado podem conferir raças nobres durante a 50ª Exposição de Animais de Presidente Prudente, sediada pelo Recinto de Exposição Jacob Tosello, até 15 de setembro. O evento, que conta com leilões e atrações do gênero, reúne animais de grande porte de diversas áreas do Estado de São Paulo e localidades vizinhas.

Nelore, Brahman, Brangus, Gir Leiteiro e Holandês são alguns dos animais que circularão durante a festa. De acordo com a representante da Avanti Consultoria Pecuária – empresa que apoia a exposição – Andréa Renesto Jacintho, são vários tipos raciais que completarão o evento. As informações prestadas são também baseadas em explicações da Associação Brasileira de Criadores (ABC), bem como da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB).

Uma delas é a raça Nelore que, de acordo com informações repassadas por Jacintho, é direcionada quase que exclusivamente à produção de carne, embora na sua origem a raça tenha sido utilizada para a exploração leiteira. "São animais que apresentam estado geral sadio e vigoroso. A ossatura é leve, robusta e forte, com musculatura compacta e bem distribuída", diz. É ativo e dócil.

A pelagem é branca ou cinza clara, sendo que os machos apresentam o pescoço e o cupim normalmente mais escuros. A pele é escura, solta, fina, flexível, macia e oleosa. "Os pêlos são claros, curtos, densos e medulados", pontua.

O Nelore possui ancas bem afastadas e no mesmo nível. O tórax é amplo, largo e profundo. As fêmeas devem ter o úbere de volume pequeno, com o formato das tetas de maneira que facilite a aproximação dos bezerros. Os machos devem possuir a bolsa escrotal fina e bem pigmentada. "Os bezerros são espertos. Logo após o parto, já procuram as mães para fazer a mamada do colostro, que lhes fornece imunidade nos primeiros 30 dias de vida", informa Jacintho.

 

Carne

O Nelore é a raça, no Brasil, que possui a carcaça mais próxima dos padrões exigidos pelo mercado, por apresentar porte médio, ossatura fina, leve, porosa e menor proporção de cabeça, patas e vísceras, conferindo excelente rendimento nos processos industriais. A carne Nelore tem como principais características o alto teor de sabor e o baixo teor de gordura de marmoreio.

 

Brahman


Outra raça presente na exposição é o Brahman. Com raízes no próprio Brasil, a raça - que apresenta dois tipos de pelagem: branca e vermelha - conta agora com mais de 100 anos de desenvolvimento, com tecnologia genética voltada para produtividade, e aprimorada nos Estados Unidos. É considerado de tamanho intermediário entre as raças de corte. Os touros pesam, geralmente, de 720 a 990 quilos, e as vacas de 450 a 630 quilos, em média. Os bezerros são pequenos no nascimento, pesando de 30 a 40 quilos, mas crescem muito rapidamente.

Jacintho acrescenta que é um gado exclusivamente dedicado à produção de carne, apropriado para cruzamentos com as raças europeias. As raças Santa Gertrudis, Braford e Brangus originaram-se desses cruzamentos. O Brahman é considerado de tamanho intermediário entre as raças de corte. As cores predominantes têm tonalidades cinza claro, vermelho e preto.

 

Brangus


Já a Brangus, conforme explicações fornecidas por Jacintho, foi desenvolvida simultaneamente nos Estados Unidos, Austrália, Argentina e Brasil, para atender à demanda de um bovino plenamente adaptado às regiões mais difíceis para o gado europeu. É uma raça de corte, mocha, formada no sul dos Estados Unidos. O Brangus tem 5/8 de sangue Angus e 3/8 de sangue Brahman. Esta raça é o resultado da união das características predominantes no Aberdeen Angus, tais como qualidade de carcaça, pigmentação, fertilidade e precocidade; com as do zebu - adaptação e rusticidade.

 
Gir Leiteiro

O Gir é originário da Índia e é resultado da seleção efetuada por entidades governamentais e por criadores particulares nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que fundamentaram seu trabalho dando ênfase na seleção para leite. "Formou-se um biotipo especializado, com produções aferidas que permitem distinguir os animais pelo desempenho e por conhecimento do nível de produção de sua linhagem, desde bisavós, avós, mãe, pai, irmãos e filhas", salienta.

Ele se destaca por sua rusticidade, longevidade produtiva e reprodutiva, docilidade, baixo custo de mantença, facilidade de parto, produção de leite a pasto (excelente conversão alimentar), e versatilidade nos cruzamentos. "Expressa seu potencial produtivo com menos alimento e sofre menos com a restrição alimentar, pois sua exigência, seu índice de metabolismo e de ingestão de alimentos é mais baixo em relação às raças taurinas, sendo necessário menor reposição alimentar", frisa. Vem se destacando pelo seu bom temperamento leiteiro, seja para a ordenha manual, seja para a ordenha mecanizada.

 
Holandês

A raça holandesa é universalmente conhecida como a maior produtora de leite, dentro da espécie bovina.

 

 
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