Falar em doação de órgãos, para algumas pessoas, ainda pode ser um tabu. É uma decisão difícil para uma família que, ao saber da morte do ente querido, precisa decidir sobre a doação de seus órgãos, que só pode ocorrer em situações específicas. Os números de doações poderiam ser maiores, mas, ainda há um bloqueio nesse assunto, por diversos motivos. Porém, vale ressaltar: doar órgãos salva vidas!
Este diário noticiou dias atrás que o HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo de Presidente Prudente registrou um aumento no número de captações de órgãos em 2020 se comparados os dados com o ano de 2019, já que as doações passaram de 10 para 28 no ano passado (180%). No mesmo período, a Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente registrou uma queda de 42%, já que em 2019 foram 45 captações, que caíram para 26 em 2020. Ao todo, no ano passado, as doações chegaram a 54 casos nas duas unidades. Os transplantes na Santa Casa também tiveram uma queda, passando de 47 para 20 registros (-57%).
Os dois hospitais informaram que seguem desde o início da pandemia todos os protocolos de higienização, distanciamento e cuidados preventivos para a não contaminação por Covid-19, protocolos esses que foram estabelecidos pelo Ministério da Saúde, Secretaria de Estado da Saúde do governo de São Paulo e também com protocolos internos revisados por infectologistas. Desta forma, toda a equipe envolvida no transplante segue um rigoroso protocolo de segurança, como, por exemplo, aferição de temperatura, treinamentos e checagem de sintomas da doença. Além disso, o doador também é submetido ao exame de Covid-19 antes de poder fazer a doação, garantindo que a equipe e o receptor do órgão não sejam expostos ao vírus.
Há famílias na angústia, à espera de órgãos vitais, e a doação de órgãos e tecidos pode devolver esperança a estas pessoas. Levar em consideração os prós e contras e sanar as dúvidas, com os profissionais da área, em literaturas, nas informações propagadas pela imprensa, pode esclarecer o procedimento de retirada de órgãos. Mais que doadores, podemos nos transformar em disseminadores de vida.