Educação financeira deve ser introduzida às crianças desde cedo

EDITORIAL -

Data 13/10/2019
Horário 04:10

Ontem, foi lembrado o Dia das Crianças, ocasião em que famílias agradam filhos e netos com presentes especiais. Para fazer a vontade dos pequenos, muitos acabam desembolsando até o que não podem. No entanto, não precisa ser assim. O período que antecede a data 12 de outubro é também uma oportunidade para que pais e responsáveis comecem a conversar com as crianças sobre a importância de economizar. Falar nesse assunto não é tarefa fácil, mas não é impossível e pode contribuir positivamente para a formação de um indivíduo mais consciente.

É muito importante que, desde a idade mais tenra, as crianças sejam orientadas a controlar e administrar aquilo que dispõem, seja o seu material escolar, seus brinquedos ou as eventuais mesadas. Isso garante a elas um senso de responsabilidade e valorização que as acompanhará pelo resto da vida. Nesse sentido, é fundamental que, ao receber seu próprio dinheiro, os pequenos sejam instruídos a usarem para gastos necessários, a fim de que aprendam a não gastar com itens supérfluos.

O trabalho de expor aos filhos quais são as reais necessidades pode ser executado de diferentes maneiras. Durante as compras no supermercado, eles podem ser incentivados a verificar os preços e analisar a diferença entre um e outro. Em casa, a dica é orientar a criança a fazer apontamentos do gerenciamento do seu dinheiro, de modo que saiba aquilo que gastou e o que ainda resta. Desta forma, ela será capaz de calcular se suas futuras aquisições estão dentro do orçamento.

Estas são algumas práticas válidas, mas o diálogo ainda é o melhor caminho. Diante da renda apertada, os pais e responsáveis devem explicar aos seus filhos a situação financeira da família, de forma que aprendam a considerar outras alternativas de presentes ou aguardar um momento mais oportuno para a compra daquilo que tanto desejam. Cada um sabe a melhor forma de conversar com o seu pequeno e, apesar deste processo de comunicação não ser simples, pode apresentar resultados efetivos. A educação financeira, quando promovida nos mais diferentes espaços – lares, escolas e entidades –, gera crianças mais responsáveis e, consequentemente, adultos mais prudentes.

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