Embora seja importante durante todo o ano, a prática de atividades físicas no verão costuma ser bem maior. Se por um lado a estação desperta em algumas pessoas a vontade de sair de casa e se exercitar para deixar o corpo em forma ou para ter melhor qualidade de vida, por outro, têm aqueles que passam mal só em pensar no calor. Independentemente do objetivo pelo qual o indivíduo quer iniciar a prática, o importante é começar. Porém, devagar e sempre. Para falar sobre o assunto a reportagem contatou um casal que serve de estimulo tanto para o lado profissional quanto pessoal, uma vez que ambos exercem a mesma profissão e mandam muito bem em casa com os filhos.
São eles: Larissa Simonetti Siqueira Oishi, 37 anos, professora formada em licenciatura plena em Educação Física pela Unesp (Universidade Estadual Paulista) trabalha como personal trainer, instrutora de musculação na Apea (Associação Prudentina de Esportes Atléticos), ministra ginástica laboral e dá aulas de natação infantil. E o seu esposo, Lincoln Edgar Ferrari Oishi, 37, professor especialista em Fisiologia, Metabolismo do Exercício e Treinamento, pela Unoeste (Universidade do Oeste Paulista). Que também é personal trainer, no Studio Life e Movement.
Segundo o casal, não existe um momento considerado ideal para iniciar a prática de atividade física, respeitando certos limites, desde bebê pode incentivar a prática para que os pequenos se tornem adultos ativos. “Pode ser através de atividades lúdicas, de brincadeiras e conforme a idade alguma modalidade esportiva que ela demonstrar interesse ou experimentar”, explica Larissa.
Sobre os exercícios de força como a musculação, os educadores explicam que não é uma atividade estimulada ou recomendada na infância ou início da adolescência por grande parte dos profissionais da área médica. Contudo, quando realizada com orientação de um profissional qualificado contribui de maneira significativa no desenvolvimento corporal, principalmente quando há uma necessidade específica detectada por meio de testes, avaliações ou alguma patologia apresentada.
Larissa e Lincoln compartilham do mesmo pensamento quando o assunto é atividades físicas sem acompanhamento de um profissional especializado. Nenhum deles aconselha, mas entendem que no período de pandemia tem sido difícil e muitos estão executando seus exercícios sozinhos em casa.
“O cuidado na execução do exercício é primordial, pois quando realizados de maneira inadequada podem causar lesões com consequências graves. Uma opção neste período foi o aprimoramento e oferta de aulas online e assessoria especializada buscando reduzir estes riscos e personalizando os treinos de acordo com as necessidades e preferências de cada um”, expõe Lincoln.
Outro ponto importante que eles ressaltam como importante é que a pessoa esteja apta para a realização de exercícios físicos. “O personal trainer, através de uma avaliação pode definir e dimensionar exercícios específicos e inclusive identificar possíveis problemas de ordem médica, orientando assim a procura por um especialista que possa avaliar e atestar que a pessoa está apta para prática de atividade física. A necessidade de uma orientação nutricional também é importante, uma vez que, os hábitos mais saudáveis refletem diretamente no resultado almejado”, completa o profissional.
Larissa e Lincoln mencionam que existem alguns exercícios que podem ser considerados mais simples para serem executados sozinhos. Mas como citado anteriormente, não recomendam porque é preciso tomar alguns cuidados com a postura, execução dos movimentos e controle de algumas variáveis como frequência cardíaca, respiração e pressão arterial em alguns casos.
“Podem fazer alongamentos e aquecimento com movimentos dinâmicos antes de começar o treino, exercícios de agachamento [sentar e levantar] subir e descer escadas caso tenha em casa, panturrilha utilizando um degrau, exercícios no solo ou apoiado na parede ou bancadas para empurrar. Mas, tudo depende da estrutura corporal da pessoa, se ela já pratica ou praticou alguma atividade física”, pontua Larissa.
Eles, inclusive, até falam de alguns objetos que se tem em casa e que podem ser utilizados para substituir alguns implementos, como garrafas de água (pets) ou óleo de cozinha, cadeira, cabo de vassoura, uma mochila com peso, elásticos, saco de arroz e feijão.
Larisa e Lincoln asseguram que as crianças podem iniciar a prática de atividade física desde muito cedo. Basta os pais pedirem ao pediatra uma avaliação médica prévia, se necessário, e analisar quais são as atividades mais adequadas para cada idade. “É importante o estímulo dos pais para que a criança seja ativa. A minha filha Yasmin sempre foi incentivada, desde cedo começando com balé e natação, praticou ginástica artística, sapateado, judô e hoje joga handebol, futebol e faz aulas de jazz”, fala orgulhos a mamãe Larissa.
Ela complementa que além do estímulo, quando os pais são ativos servem como exemplo aos seus filhos. Em casa todos somos adeptos da prática de atividade física, faz parte da nossa rotina e da nossa profissão. Até o Pietro que é mais novinho, completa 3 anos em janeiro, já fez natação e realiza alguns ‘circuitos’ quando fazemos nossos treinos em casa [risos]” acrescenta Larissa.
“O PERSONAL TRAINER, ATRAVÉS DE UMA AVALIAÇÃO PODE DEFINIR E DIMENSIONAR EXERCÍCIOS ESPECÍFICOS E INCLUSIVE IDENTIFICAR POSSÍVEIS PROBLEMAS DE ORDEM MÉDICA, ORIENTANDO ASSIM A PROCURA POR UM ESPECIALISTA”
Lincoln Edgar Ferrari Oishi
“ATÉ O PIETRO QUE É MAIS NOVINHO, COMPLETA 3 ANOS EM JANEIRO, JÁ FEZ NATAÇÃO E REALIZA ALGUNS ‘CIRCUITOS’ QUANDO FAZEMOS NOSSOS TREINOS EM CASA [RISOS]”
Larissa Simonetti Siqueira Oishi
Fotos: Weverson Nascimento
Dá para usar objetos que se tem em casa para se exercitar, como uma mochila, por exemplo
Acompanhamento de um profissional é aconselhado por Lincoln e Larissa, pois pratica corretamente os exercicíos e evita lesões
Fotos: Cedidas
Nem na gestação Larissa parou... e muito menos a Yasmin que é super ativa
Papai Lincoln com seu Pietro em uma de suas aulas de natação