Os trabalhos de mapeamento de estradas e rodovias do oeste paulista em busca de estruturas geológicas favoráveis à acumulação de petróleo e gás natural começaram no fim da semana passada, e deverão atravessar cidades da região de Presidente Prudente. Durante a manhã e tarde de ontem, os funcionários da Wellfield Serviços Geofísicos do Brasil Ltda estavam com veículos vibradores na estrada vicinal José Sanches Postigo, que liga Santo Anastácio a Ribeirão dos Índios.
Pesquisa sísmica foi realizada pela empresa na área urbana de Ribeirão dos Índios, ontem
Por conta da pesquisa sísmica, a via pública ficou no sistema "pare e siga" e os trabalhos foram conduzidos, inclusive, até a área urbana de Ribeirão dos Índios. Lá, primeiro os técnicos passam nos imóveis com um equipamento manual via satélite, que determina as coordenadas e posições em que serão captadas as vibrações, para o armazenamento de dados sobre a estrutura geológica abaixo da superfície da terra, identificando o acúmulo de recursos naturais.
Após essa etapa, o caminhão vibrador também passa pela cidade lentamente, para finalizar o mapeamento. Ele é responsável por gerar ondas sonoras que penetram o subsolo e retornam à superfície com imagens das rochas abaixo da terra. A prospecção começou na semana passada em alguns pontos para a determinação do parâmetro que será utilizado nas análises, para que o mapeamento fosse efetivamente realizado.
Como já noticiado por
O Imparcial,
a Wellfield Serviços Geofísicos do Brasil Ltda é a empresa responsável pela sondagem do solo regional em 450 quilômetros, passando ainda por Presidente Venceslau e Piquerobi, entre outras cidades. O relatório final será comercializado a empresas interessadas na exploração dos recursos minerais que deverão compilar, analisar os dados e identificar, caso a leitura seja boa, as áreas favoráveis para acumulação, as quais poderão ser colocadas nos leilões de petróleo e gás natural.
A região analisada está abaixo da Bacia Sedimentar do Paraná e deve ser mapeada em aproximadamente 45 dias. A Wellfield não realiza a perfuração e poços, mas apenas vende o levantamento de dados às operadoras que tenham interesse em eventualmente investir nessa área. São mais de 100 funcionários participando do processo de interpretação das formações geológicas.
