Para Thaynná Garcia Carvalho, 26 anos, enfermeira da ala de UTI adulto do HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo de Presidente Prudente, a importância do enfermeiro é diária, pois ele é referência para qualquer profissão e ambiente, pois envolve a ciência do cuidado. “Quando a gente cuida temos a nossa ciência. O cuidado fica mais especializado. É uma profissão muito desafiadora, pois lidamos com pessoas e situações diferentes todos os dias. Não cuidamos só do paciente. Temos que cuidar de todos os outros profissionais da enfermagem, dos técnicos, dos auxiliares, de toda a gestão, seja da clínica, da UTI. Precisamos planejar como vamos executar tudo isso. É desafiador termos que nos reinventar e, às vezes, imprevistos acontecem, foge da rotina, mas a gente vai lá, pensa, volta e faz de novo”, expõe a enfermeira.
Por ficar muito na UTI, Thaynná diz que não consegue ver muito o pós dos pacientes, então, sempre que ouve uma notícia da alta de alguém, isso a deixa extremamente feliz. “É quando a gente tem a certeza de que deu certo. Que está dando certo o que estamos fazendo, todo o trabalho em conjunto. Dois pacientes me marcaram demais nesse tempo. Uma jovem de 26 anos, que participei da sua intubação e alta, onde ela disse a mesma frase: ‘consegui voltar para o meu filho’. E um senhor de 65 anos, um dos primeiros pacientes que cuidei, quando a gente ainda não sabia muito bem com o que estava lidando. Ele ficou muito grave durante 30 dias dentro da UTI e conseguiu alta. Ver que naquele começo incerto estávamos fazendo o certo foi muito gratificante”, exalta.
Thaynná enfatiza que fazer enfermagem é maravilhoso. E que não se formaria em outra profissão. Ela brinca que todo mundo quando é pequeno diz que quer ser alguma coisa quando crescer. E ela sempre quis ser enfermeira. “Eu sempre quis cuidar do próximo. Cuidar com ciência e qualidade. O enfermeiro não é só aquele que punciona uma veia, ele faz toda parte por trás, planeja, tem cuidado, coordena a equipe, executa com qualidade. É um trabalho integrado e que complementamos um ao outro dentro da equipe!”, exclama a enfermeira.
Na casa da Thaynná é praticamente todo mundo fator de risco, então o receio de contrair a Covid-19 é muito grande. “Eu sempre tive muito cuidado, mas agora muito mais. O sapato que uso no hospital, não saio com ele daqui. Tomo banho antes de ir para casa. Lavo os cabelos todos os dias, tudo para eliminar o máximo de risco possível e me tranquilizar mais”, revela.
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