Esperança

OPINIÃO - Walter Roque Gonçalves

Data 24/06/2019
Horário 05:12

O primeiro trimestre de 2019 foi mais fraco que o último de 2018, é o que aponta os dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados recentemente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A queda do primeiro trimestre de 2019, quando comparada ao último de 2018, apresenta recuo de 0,2%. Patamar semelhante a 2012. Segundo Álvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais, “produção industrial, serviços, vendas no varejo, perderam força ao longo do primeiro e segundo trimestre. O mercado, de certa forma, estava esperando por este resultado”. A tragédia da Valle, questões internacionais, em especial crise na argentina, afetaram diretamente investimentos no Brasil e exportações.

O Secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do governo federal, Carlos da Costa aponta que o cenário político é o principal emperro para a economia, afinal, os empresários recuam diante de cenários de incertezas. Sem investimentos, não há novos empregos e a economia passa a desacelerar. No entanto, as pessoas sem emprego ou não precisam de renda e buscam soluções. Empreendem por conta própria, investem em pequenos serviços remunerados por dia e, de alguma forma, continuam consumindo. E é desta forma que a economia se mantém da forma que está hoje, senão, com certeza teríamos números ainda mais desafiadores.

O brasileiro é povo que luta com garra. E é desta força que ainda podemos contar com o consumo. Este bolo econômico é disputado real a real no comércio, mas a certeza de este existe, e as empresas mais preparadas levam a maior fatia, permite o empresário a acreditar nos resultados, a lutar pelas respostas e a encontrar o equilíbrio para as finanças nesta fase.

Quantos empresários simplesmente desistem e “jogam a toalha” diante deste cenário econômico? Para o empresário que tem contas mensais para pagar, desistir não é opção. A não ser que a empresa esteja insolvente. Os desafios neste momento geram uma seleção natural nas empresas, aquelas que usam as dificuldades para se fortalecer vão ganhar sempre! Podem contornar estas situações e até crescerem nesta fase. Para aquelas que talvez não consigam, fechar uma empresa é uma experiência amarga, mas não é o fim. Pode-se começar novamente com mais experiência e maturidade. O fato mais importante de tudo isso é não perder a esperança que no move!

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