Esporte, um verdadeiro braço da educação

OPINIÃO - Marcos Alves Borba

Data 07/03/2019
Horário 05:36

“Águas passadas não movem moinhos”. Assim diz o ditado popular. Que pode nos ensinar que situações vividas no passado não ajudam a modificar o presente. Seria isso mesmo? Qual o sentido dessa frase, que por ventura poderá caber em qualquer situação que considerarmos adversa ou relevante ao nosso caminho? Rever ou recriar aquilo que possamos dar um passo a mais, na intuição de não segregar nossas habilidades? Sem dúvida que é digno as nossas conquistas e, quiçá, subir mais um degrau, evoluir como mérito na busca de crescimento. Mas para esses tempos tão modernos de novos caminhos, ao que tanto esperamos de uma gestão esportiva tão participativa, infelizmente não será o que muitos ainda acreditam que seja. Toda base de qualquer ação construída em prol de um desenvolvimento com resultados precisa ser real, ser creditado que seu nascimento poderá dar bons frutos.  

Entendemos que para termos como espelho de nossas crianças no esporte de base é preciso um investimento considerado no esporte de alto rendimento, o que verdadeiramente poderá o incentivo aos novos aprendizes uma realidade sonhada e criada com um propósito de que aquilo dará certo. Mas pelo visto, o processo não só demonstra lentidão, como infelizmente não renderá bons frutos. Assim já é e está dando a entender que a nossa cidade, infelizmente e, já algum tempo, demonstra que equipes esportivas não terá sua representatividade em quaisquer que seja os torneios ou campeonatos, de visibilidade que agregue e retenha mais crianças num futuro não tão distante.

É natural que o nosso país ainda passa por mais uma etapa de transformação, o que determina que a maioria das empresas, instituições e empresários autônomos repensem e muito em como investir em qualquer modalidade esportiva que possa unificar valor a sua marca. O processo, infelizmente, ainda é lento, é duvidoso, é incerto e não dá brecha á quem possa ter a coragem de gastar suas economias no que tange ser investimento de retorno.

Sem nenhuma dúvida que o esporte sempre foi uma das ferramentas que fortalece a educação de uma maneira em geral. E, desde quando temos visto crianças e jovens em linha de risco, de abandono escolar, ter e ver uma luz no fundo do túnel. Quando é apoiado e incentivado a fazer e participar de alguma modalidade esportiva, que lhe dê a oportunidade de ser alguém na vida? Exemplos não faltam, tanto que grandes atletas têm servido de suas belas histórias de vida a participarem de eventos, encontros, palestras, com o intuito de agregar mais crianças e jovens ao esporte. Exemplos e histórias que não faltam, mas que precisam ser adotadas na prática com um incentivo mais direto de recursos que são destinados a outros setores, sem muita relevância, e que poderia agregar e somar a projetos no esporte como forma de reforçar e dar dignidade maior a nossa educação.

Se Presidente Prudente já algum tempo atrás, foi uma força do esporte nacional em alguma modalidade esportiva, já está na hora de darmos um basta e rever conceitos e atitudes de pessoas em projetos que poderão fortalecer uma nova proposta de educação no esporte. Já temos falado disso por aqui e não tem muito tempo, principalmente quando o lugar mais próximo de nossos interesses seja o próprio umbigo. Se todos nós precisamos ficar atentos da necessidade e importância da saúde de nossas crianças e jovens, o porquê dessa ferramenta “esporte” não ser praticada todos os dias nas escolas? Talvez, e por uma questão de valorização, seria interessante rever a grade horária, e como suporte de resgate de muitas crianças, inserirmos modalidades opcionais como complemento de estudos desses grupos.

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