Fentepp termina com saldo de 9,3 mil espectadores

Do total, 3.307 assistiram aos espetáculos infantis, números estes provenientes das 50 instituições que agendaram presença anteriormente, entre escolas, projetos e entidades.

VARIEDADES - Oslaine Silva

Data 24/09/2013
Horário 09:59
 

Após 15 dias de atrações teatrais diárias, a 20ª edição do Festival Nacional de Teatro de Presidente Prudente (Fentepp), uma realização da Prefeitura, através da Secretaria de Cultura (Secult), Sesc São Paulo e governo do Estado de São Paulo, chegou ao fim no último sábado. Dados divulgados ontem pela Assessoria de Imprensa do evento registram que 9,3 mil espectadores participaram do festival, lotando a maioria dos espetáculos.

Do total, 3.307 assistiram aos espetáculos infantis, números estes provenientes das 50 instituições que agendaram presença anteriormente, entre escolas, projetos e entidades.

Além das peças, o festival ainda ofereceu ao público a oportunidade de participar de cinco atividades formativas, que tinham como objetivo promover a troca de experiências e contribuindo para a formação do fazer teatro da classe teatral da cidade e região.

Conforme a assessoria, foram mais de 350 inscrições de artistas de todo País, sendo que 29 espetáculos provenientes de oito Estados foram selecionados. Divididos nas mostras adulto, criança e rua, os trabalhos foram mostrados em 52 apresentações e deixaram a cidade em clima mágico do teatro, que permite viajar na imaginação.

 

Supresa

Por conta da interdição do Teatro Municipal Procópio Ferreira, o festival teve 11 locais para as apresentações.  O palco central foi no Ginásio Municipal de Esportes Marcelo Siqueira, na Vila Iti. O que para o coordenador do evento, Celso Aguiar, foi uma das melhores coisas que ocorreu nesta edição. "Descentralizamos, expandimos e fomos felizes com isso. Foi uma opção que deu muito certo, pois os moradores daquela região tiveram a oportunidade de uma atração de qualidade. Foi um festival para todos os gostos, desde espetáculos para os que já têm familiaridade com o teatro, quanto para os mais leigos", destaca.

Para ele, num balanço geral, todas as expectativas foram superadas. "Conseguimos fazer teatro, mesmo sem ter um local adequado para o teatro. Sabíamos que teríamos muito mais trabalho neste ano, mas nos surpreendemos com os resultados", comemora.

 

Olhares especializados

Auxiliando na formação de público, pela forma de ver o teatro, críticos falaram sobre o festival. Um deles, Kil Abreu, em entrevista à revista "Cult", disse: "Há um movimento que não é de agora, mas que se fez muito presente no Fentepp. A nova cena teatral brasileira não está cabendo nos espaços tradicionais, na sala italiana. Ela tem um gosto muito grande por espaços alternativos ou por um tipo de intervenção fora do espaço fechado. Essa é uma percepção interessante, porque o teatro começa a se desvincular do umbigo da tradição, indo em direção às pessoas, às ruas e aos espaços que não abrigam comumente a atividade cênica".

Complementando, Soraya Belusi colocou que "a amplitude nacional que o festival busca almejar foi conquistada pela representatividade de obras vindas de praticamente todas as regiões do País, apontando também para as diferenças entre as cenas de cada Estado, apostando tanto em coletivos que iniciam suas trajetórias na cena brasileira, como trazendo à cidade projetos artísticos mais consolidados pela maturidade, mas nem por isso menos instigantes".

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