O Brasil está entre os países com mais feriados no mundo. Em 2020, serão 12 feriados nacionais e dez deles cairão entre segunda e sexta-feira. Para o trabalhador, pode parecer um grande benefício, no entanto para economia, não podemos dizer o mesmo. Segundo Alexandre Lopes, do G1, “o excessivo número de feriados fecha por mais tempo a maior parte das fábricas e lojas (...) o Brasil deixa de ganhar mais de R$ 15 bilhões por dia de folga.” Feriados são bem vindos, mas os nossos parecem infinitos.
Segundo matéria publicada na revista “Veja”, 07 de junho, por André Romani, “em 2008, a China reformulou seu calendário, diminuindo o número de feriados nacionais e Portugal em 2011, quando quatro feriados nacionais, dois religiosos e dois civis, foram eliminados do calendário do país.” No Brasil, a discussão está em andamento pelo Projeto de Lei do Senado (PLS) 389/2016, que propõe a transferência de feriados nacionais para as segundas-feiras.
Para os comerciantes da área de entretenimento e turismo, quanto mais feriados prolongados melhor, pois aumenta o público
Antes do leitor se revoltar com a proposta, é importante lembrar que não são todos os feriados, oito deles não serão afetados. A medida só valeria, inicialmente, para Proclamação da República (15 de novembro), Finados (2 de novembro) e Tiradentes (21 de abril), quando não caírem em finais de semana. O objetivo é reduzir os feriados prolongados e aumentar o número de dias úteis para as indústrias, comércio e escolas.
Para os comerciantes da área de entretenimento e turismo, quanto mais feriados prolongados melhor, pois aumenta o público. No entanto, para as indústrias, comércios e escolas, os feriados pouco ajudam: as indústrias têm que arcar com horas extras, as escolas têm que se virar os dias do ano letivo e o comércio tem menos dias de vendas para os custos de sempre. E, as datas comemorativas? São ótimas para o comércio e melhor ainda quando caem no domingo. Portanto, feriados são importantes, mas os nossos realmente parecem infinitos.
