Mesmo após o fim das restrições no Estado de São Paulo, que estabeleciam estratégias para retomar com segurança a economia da unidade federativa durante a pandemia do coronavírus, o fluxo de ambulantes no Dia de Finados continuou tímido no Cemitério Municipal São João Batista, de Presidente Prudente. Em 2020, em meio à crescente incidência de casos da doença, quatro comerciantes seguiram até ao local, conforme acompanhou a reportagem à época. Nesta manhã, apenas dois vendedores foram à necrópole.
Essa baixa adesão de ambulantes no cemitério, segundo a comerciante Roberta Michele Bezerra Pereira, 44 anos, que já atua há 18 anos comercializando flores e velas no Dia de Finados, ocorre em razão de uma crise que muitos brasileiros vêm enfrentando. “Muita gente perdeu emprego e renda em razão da pandemia. Além disso, tem o aumento dos preços. Não está fácil para ninguém”, aponta. Neste feriado, ela conseguiu vender todo seu estoque de flores e velas por volta das 9h30.
O comerciante Jeferson Ferreira Pereira, 30 anos, que seguiu por mais um ano para o local, também relatou este momento de dificuldade. “No ano passado, tinha mais gente vendendo e mais gente comprando”, comenta. “Acredito que, além da crise financeira, as pessoas ainda se sentem inseguras para comercializar ou mesmo frequentar o cemitério”.
Foto: Weverson Nascimento
Na manhã de ontem, apenas dois comerciantes seguiram até o Cemitério São João Batista
Deste ponto de vista, é relevante mencionar que a reportagem considerou apenas os comerciantes ambulantes. No Cemitério Municipal São João Batista há dois boxes fixos de vendas específicas para o segmento.
Foto: Weverson Nascimento
Roberta: “Muita gente perdeu emprego e renda em razão da pandemia”
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