Força-tarefa da comunidade ajuda na investigação de crime hediondo

EDITORIAL -

Data 02/11/2019
Horário 04:04

A última semana do mês de outubro foi marcada por preocupação e solidariedade em buscas de notícias sobre o desaparecimento do advogado e professor, Wagner Alonso Alvares, 74 anos. O morador de Pirapozinho havia sido visto pela última vez na terça-feira, pouco antes do almoço, após ceder carona para um conhecido que iria ao terminal rodoviário do município. Foram quase três dias de intensa força-tarefa para localizar indícios que levassem ao suspeito pelo desaparecimento e, consequentemente, ao advogado.

Foram momentos angustiantes e, mesmo assim, ainda existia a esperança de que Wagner fosse encontrado com vida. No entanto, chegou-se ao desfecho que todos evitavam pensar: “Corpo de advogado desparecido é encontrado em Presidente Bernardes”. O que chama a atenção é a brutalidade com que ele foi assassinado (três facadas no pescoço), conforme informado pelo assassino confesso, de 26 anos, que frequentava a residência da família de Wagner para receber mantimentos.

Até então, o crime é tratado como latrocínio, uma vez que o veículo da vítima foi roubado para possível venda. Casos como esse não ocorrem com frequência na região, o mais recente noticiado por este diário foi o roubo e morte do motorista de transporte por aplicativo, Luciano Galindo, 42 anos, ocorrido em junho desse ano. Em ambos os fatos, houve grande repercussão regional e envolvimento da sociedade em busca dos acusados.

Inclusive, no caso desta semana, o indivíduo foi reconhecido por populares devido à circulação da imagem dele nas redes sociais. Naquele momento, foi amarrado pelos moradores em uma árvore, até a chegada da Polícia Militar para dar procedimento ao caso.

Isso mostra o quão participativa está a sociedade em contribuir com as forças policiais. Além de auxiliar na investigação criminal, a parceria também possibilita maior confiança na segurança pública, assunto que é visto com “bons olhos” pelas autoridades regionais por conta dos baixos índices criminais. Quanto mais estreita for essa relação, melhores serão os desempenhos das polícias para investigar e prender os criminosos, o que resultará na constante queda dos crimes.

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