Gastos com exames somam R$ 312,5 mil

PRUDENTE - Mariane Gaspareto

Data 31/03/2016
Horário 10:18
A Prefeitura de Presidente Prudente publicou nesta semana o termo de aditamento do contrato com o Centro de Análises Unilab visando à realização de exames específicos para a detecção de dengue nos pacientes atendidos pelas unidades de saúde. Foi acrescido um importe de R$ 62,5 mil para a prorrogação do prazo contratual até 26 de maio, de modo que o total do valor do contrato foi para R$ 312,5 mil.

De acordo com a Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), cada exame custa R$ 25 para os cofres municipais. A razão da contratação da Unilab para esses serviços foi o déficit de kits para testes de detecção da dengue no Instituto Adolfo Lutz, que solicitou 3 mil kits ao Ministério de Saúde desde outubro do ano passado, recebendo apenas 220, para todo o Estado. Cada kit de diagnóstico é capaz de realizar 96 testes de dengue, o que totalizou, portanto, 21.120 testes encaminhados ao Estado.

Os municípios paulistas estão custeando os exames por meio de licitação, em laboratórios particulares, para conseguir confirmar as notificações da doença, o que está onerando os cofres públicos. O secretario municipal de Saúde, Sérgio Luiz Cordeiro de Andrade, aponta que Prudente ainda segue sem receber os kits do Adolfo Lutz, precisando custear com verbas próprias as análises - situação que levou ao aditamento do contrato com a Unilab. Apesar de não saber precisar o número exato de exames feitos por mês, o secretário aponta que o número de resultados negativos tem aumentado nos últimos meses.

A CCD (Coordenadoria de Controle de Doenças) do Estado, inclusive, chegou a emitir nesse mês um comunicado aos GVEs (Grupos de Vigilância Epidemiológica) para orientar os municípios em relação aos exames de sorologia, diante da contingência de kits para diagnóstico. Para o uso racional do material disponível, a CCD definiu critérios para realização dos exames. O Ministério da Saúde informou que está adquirindo mais mil kits de diagnóstico da dengue que encaminhará aos Estados, conforme o cronograma de liberação. De acordo com a pasta, as secretarias de Saúde têm autonomia para complementar a oferta, conforme preferência do gestor, como ocorre com o teste rápido.

 
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