Gillette Press

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista a favor da banana e contra as Repúblicas de Bananas

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 04/11/2021
Horário 05:30

Sou do tempo da Gillette Press que, pensando bem, foi a maior "agência" de notícias do mundo em um passado não muito distante, quando carcará ainda não voava de costas no nosso armado Brasil (quero direitos autorais, bispo de Aparecida). Com o advento da internet, a Gillette Press entrou em decadência e perdeu a serventia. Foi substituída pelo computador.
Hoje em dia - e acredito que até hoje em noite - basta copiar notícias direto do computador teclando corretamente. Não precisa gastar sola de sapato, zanzando por aí, em busca de notícias se a pessoa pode encontrar tudo - ou quase tudo - nos sites, blogs e no Google.
E o crédito? Nem sempre a fonte é citada, o que não deixa de ser um plágio ou roubo mesmo. Era assim também no tempo da Gillette Press. Com uma gilete - daí o nome Gillette Press -, os jornalistas cortavam as notícias das páginas dos jornais e, no caso do rádio, colocavam no ar sem alterar o texto e sem citar a fonte.
Presenciei isso em várias rádios e, em uma delas, havia duas mesas praticamente coladas uma na outra. Era ali que, às cinco da matina, os jornais eram "autopsiados" e "desossados" para "alimentar" o jornal falado, que começava às seis horas. Era tanto corte que os jornais ficavam "irreconhecíveis".
Jornais como a Folha, Estadão, Globo, JB, NP e outros serviam de matéria-prima para a Gillette Press. Se não me falha a cachola, o NP, iniciais do célebre Notícias Populares, sofria os maiores "cortes". Ou as maiores "cirurgias", sem derramamento de sangue.
Aliás, um respeitado jornalista e escritor me contou que grandes matérias do Jornal da Cultura foram "chupadas" (epa!) do NP. Não era só o radio. A televisão e mesmo os jornais, sem contar revistas, também eram "clientes" da famosa "agência".
Reproduzir matéria sem dar o devido crédito é ilegal e imoral. Um jornal do interior dos EUA foi acusado por um concorrente de reproduzir matérias ilegalmente. Para não ser processado, o jornal reescrevia as matérias que lhe interessavam, como os principais assuntos nacionais. Parafraseando o compositor Sinhô: "Notícia é de quem pegar primeiro". O autor de "Gosto que Me Enrosco", sucesso do cantor Gilberto Alves,  teria afirmado que "samba é que nem passarinho: é de quem pegar primeiro", numa alusão ao plágio e aos direitos autorais. 

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