Greve de professores fecha 28 escolas na região

Outras 19 unidades anunciaram adesão parcial e deverão atender por meio dos profissionais que não participam da mobilização

PRUDENTE - MELLINA DOMINATO

Data 15/03/2017
Horário 08:34


Estudantes de 28 escolas estaduais da região de Presidente Prudente deverão ficar sem aulas hoje em função da greve geral iniciada pelos professores e funcionários destas unidades. Outros 19 colégios anunciaram adesão parcial ao movimento e deverão atender os alunos por meio dos profissionais que não participam da mobilização. A paralisação foi anunciada pela categoria na semana passada e, além de pressionar o governo estadual a negociar a campanha salarial da classe, ainda quer apoiar a greve nacional da educação, convocada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação). Ao todo, o levantamento da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) aponta que 47 escolas de 20 municípios do oeste paulista estão envolvidos na ação.

Jornal O Imparcial Ontem, membros da Apeoesp promoveram visitas em escolas

Ontem, representantes da Apeoesp promoveram visitas em escolas, quando representantes da entidade dialogaram com professores, estudantes e pais sobre as reivindicações, bem como a greve. Uma delas foi a Escola Estadual Doutor José Foz, na Vila Marcondes, em Prudente, onde a previsão é de adesão de 100% dos funcionários e professores. Para hoje, primeiro dia da paralisação, uma assembleia estadual está marcada para às 14h, na Praça da República, na capital paulista.

O conselheiro estadual de representantes da Apeoesp, Wilian Hugo Correia dos Santos, explica que, durante a greve, que ainda está definida como por tempo indeterminado, nas escolas, cujos professores e funcionários aderirem em 100% à paralisação, as portas ficarão fechadas. Já no caso das unidades com participação parcial na paralisação serão dirigidas pelos profissionais que optaram por não cruzar os braços. "Neste caso, se professores e funcionários pararem, os gestores ficam responsáveis pela escola. Já no caso da direção parar, professores e funcionários, com supervisão da Diretoria Regional de Ensino, respondem pela unidade", esclarece.

Como noticiado neste diário, a Apeoesp destaca que, além da campanha salarial, os principais eixos de luta da categoria são a discordância com as reformas do ensino médio, da previdência – "que acaba com o direito à aposentadoria dos trabalhadores, prejudicando fortemente os professores" –, a luta por reajuste salarial imediato rumo à aplicação da Meta 17 do Plano Estadual de Educação, que trata da equiparação salarial com as demais categorias com formação equivalente, e o currículo máximo no ensino médio – contra a retirada de disciplinas.

 

Negociação

Sobre o assunto, a Secretaria de Estado da Educação, por meio de sua Assessoria de Imprensa, reitera que mantém uma mesa de negociação aberta com os sindicatos da categoria e ressalta que na semana passada já foi pago o salário com reajuste de 10%, aumento que será incorporado aos vencimentos de mais de 18 mil docentes de educação básica I. Ressalta que, com isso, nenhum professor do Estado recebe menos que o piso nacional, que é R$ 2.298,80. Expõe ainda que o salário-base dos professores da rede estadual de ensino é R$ 2.415,89, ou seja, "5% superior ao piso nacional e acrescido de benefícios".

 
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