Só nos primeiros três meses deste ano, o HR (Hospital Regional) de Presidente Prudente Doutor Domingos Leonardo Cerávolo realizou 1.162 mamografias, um aumento de 8% na quantidade de exames feitos em relação ao primeiro trimestre de 2016, que contou com 1.068. Por conta do diagnóstico de câncer de mama, 455 pacientes realizaram tratamentos na unidade hospitalar, número também maior em relação ao anterior, de 357 tratamentos (os números não indicam se são novos diagnósticos ou casos reincidentes).
Já a Fundação Hospital Regional do Câncer de Presidente Prudente acompanhou 15 mulheres neste ano, até abril, por conta do diagnóstico da patologia.
Em relação ao ano passado, foram 5.845 mamografias de janeiro a dezembro, sendo 4.256 bilaterais, em pacientes de 35 a 49 anos, e outras 1.589 exames de rastreamento, em pacientes de 50 a 69 anos. Em relação à quantidade de tratamentos a respeito da neoplasia da mama, o HR contabilizou 1.279 pacientes em 2016.
Prevenção
Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva), o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil, depois do de pele, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano. Ele também acomete homens, porém é raro, representando 1% do total de casos da doença.
Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. Existem vários tipos de câncer de mama. Alguns evoluem de forma rápida, outros, não, mas a maioria dos casos tem bom prognóstico.
Diante desse panorama, a mastologista Maria Assunção de Azevedo Guedes enfatiza a importância do diagnóstico precoce, que viabiliza tratamentos menos agressivos e maiores índices de cura, quando a doença é descoberta ainda no início. Hoje, conforme ela, o câncer de mama figura como uma das doenças mais letais para as mulheres, especialmente por sua grande capacidade em se disseminar por órgãos vitais do corpo por meio da metástase (formação de uma nova lesão tumoral a partir de outra).
“Felizmente, hoje as mulheres estão bastante conscientes a respeito da importância do rastreamento da doença e da mamografia anual”, afirma. Ainda assim, a médica reforça que a grande “arma” das mulheres contra essa patologia é a mamografia, que deve ser feita anualmente após os 40 anos para o rastreamento da doença. Para casos de familiares com câncer, a pessoa deve ter um acompanhamento especializado para verificar a partir de quando deve iniciar a realização regular desse exame preventivo.
MAMOGRAFIAS NO HR
1.162 Mamografias foram realizadas HR no 1º trimestre de 2017
1.068 Exames foram efetuados na unidade no mesmo período de 2016
8% Foi o crescimento da procura pela mamografia nesse período
AI do Hospital Regional
Felizmente, hoje as mulheres estão bastante conscientes
Maria Assunção de Azevedo Guedes
MASTOLOGISTA
