Dizem que nunca é tarde para começar – e não há lugar em que essa fase melhor se aplica do que na educação. Um exemplo disso é a EJA (Educação de Jovens e Adultos), que, anualmente, oportuniza às pessoas que não iniciaram os estudos ou, então, não puderam concluí-los, a chance de frequentar aulas de alfabetização.
Conforme noticiado por O Imparcial, a Seduc (Secretaria Municipal de Educação) de Presidente Prudente abriu as inscrições para alunos adultos que desejam começar a estudar ou retomar o ensino fundamental. A oportunidade está disponível para pessoas que tenham acima de 15 anos e nunca estudaram ou pretendem finalizar seus estudos do 1º ao 5º ano, o antigo primário.
No município, as inscrições são recebidas de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, na Escola Municipal Doutor João Franco de Godoy, o Navio. Além da possibilidade de ser introduzido ou reintegrado ao processo de aprendizagem, o munícipe ainda tem direito à alimentação, fornecida pela unidade escolar.
Por conta da pandemia do novo coronavírus, as aulas serão ministradas, inicialmente, de forma remota. No entanto, todo o material pode ser retirado junto à escola, facilitando a vida daqueles adultos que não conseguem dominar as tecnologias.
Neste momento de pandemia, em que as pessoas estão tendo mais tempo livre por conta das medidas de distanciamento social, incluir os estudos na rotina é uma boa oportunidade para quem nunca se alfabetizou ou parou no meio do caminho. É uma forma de olhar para trás e perceber que as circunstâncias que impediram a escolarização completa não determinam o presente e o futuro de ninguém – e que nem mesmo a idade é um fator limitante para o desenvolvimento pessoal.
Diante do acesso à educação de qualidade e gratuita em diferentes etapas da vida, o ser humano pode encontrar a chance de recomeço, se preparando para interpretar melhor o mundo e até mesmo conseguir mais oportunidades no mercado de trabalho, onde pessoas com a formação básica são priorizadas.
Vale lembrar que a escolarização também tem impacto direto no meio político, tendo em vista que indivíduos instruídos desenvolvem melhor o pensamento crítico, tornando-se capazes de quebrar velhos paradigmas e adotar novas atitudes e posicionamentos, exercitar com mais criticidade seus deveres e direitos e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa para todos.