“Não grite comigo, pois não sou surdo! O ele disse? O que ele falou?” Quem nunca ouviu isso? Com certeza a terceira idade chegou e trará muitas alterações, sendo a diminuição da audição uma delas. Seu querido parente idoso já tem dificuldade em ouvir algumas palavras ou mesmo algumas frases e começam a haver incômodos. Você falar mais alto nem sempre resolve.
O risco de surdez, mesmo leve, poderá ter graves consequências, como acidentes ao atravessar uma rua movimentada, de quedas e fraturas, além de impacto na vida social e convívio.
A primeira atitude a se tomar em casa é bem simples e fácil, pois consiste na observação e limpeza dos ouvidos. Após o banho é mais fácil, pois umidifica o ouvido e percebe-se se há ou não excesso de cera. Lembrando que cotonetes não devem ser usados, podem empurrar a cera ou mesmo romper a membrana do tímpano. Limpe com a toalha úmida. Se necessário, leve ao médico otorrinolaringologista.
Se após a limpeza do ouvido ainda persistir a dificuldade em ouvir, será necessário fazer a avaliação com o otorrinolaringologista, que poderá solicitar um exame de audiometria. A audiometria poderá constatar uma perda da audição, com a qual se poderá conviver o dia a dia se for leve, com maior atenção.
Pode ser necessário o emprego de aparelhos auditivos. Aqui pode-se ter problemas: os idosos por vezes dizem que os aparelhos são caros, grandes e incômodos, que são difíceis de colocar devido à dificuldade pela artrose dos ombros e que não vão se adaptar com ruídos ou excesso de barulho. Tudo isso cria uma ansiedade que eles não tinham.
Idosos nem sempre gostam de mudanças, não querem fazer tentativas e dizem ser melhor “deixar para lá”, “estou ouvindo bem, sim”. Não desanime, insista, especialmente se o grau da perda da audição for grande, pelos riscos à segurança e impacto na vida social. Os ganhos com a utilização compensam o desconforto inicial de adaptação e melhoram a qualidade de vida.