Incêndio destrói 59 alqueires de área em Martinópolis

Fogo atingiu canavial e se alastrou para áreas de pastagem e de preservação permanente; equipes utilizaram 300 mil l de água para controlar as chamas

REGIÃO - ANDRÉ ESTEVES

Data 25/06/2018
Horário 15:50
Comdec - Incêndio foi registrado na manhã de sábado; trabalhos duraram mais de 6h
Comdec - Incêndio foi registrado na manhã de sábado; trabalhos duraram mais de 6h

Um canavial localizado às margens da Rodovia Homero Severo Lins (SP-284), em Martinópolis, foi alvo de um incêndio, na manhã de sábado. O fogo se alastrou e atingiu APPs (Áreas de Preservação Permanente) e áreas de pastagem situadas no Assentamento Chico Castro Alves. De acordo com levantamento da Comdec (Coordenadoria Municipal de Defesa Civil), o incidente destruiu 50 alqueires de área de plantação de cana-de-açúcar e nove alqueires de pastagem e área de preservação. Foram localizados animais mortos no território devastado.

Juntas, as equipes utilizaram aproximadamente 300 mil litros de água para o controle do fogo, que durou aproximadamente seis horas e 30 minutos. No total, 11 caminhões-pipa de cinco usinas de álcool e açúcar e uma carreta tanque participaram da ação de combate às chamas, enquanto uma motoniveladora e uma pá carregadeira foram utilizadas para a construção de aceiros, que visam impedir a propagação do incêndio. Também estiveram presentes quatro brigadistas municipais com uma viatura orgânica e um autotanque. A Comdec informa que o caso foi registrado junto à Delegacia de Polícia Civil a fim de ser investigado.

Falta conscientização

O presidente da Apoena (Associação em Defesa do Rio Paraná, Afluentes e Mata Ciliar), Djalma Weffort, diz que é preciso, de antemão, investigar a causa do incêndio, com o objetivo de identificar se teve origem acidental, criminosa ou decorrente do manejo do fogo, o que, em se tratando de canavial, é proibido. No entanto, diz lamentar o ocorrido, considerando que as APPs vêm sendo destruídas por incêndios, desmatamento, invasões e criação de gado.

Segundo ele, as pessoas ainda não tomaram consciência sobre a importância da preservação da fauna e flora. "As queimadas são prejudiciais ao meio ambiente e à saúde da população, então as pessoas precisam se conscientizar e não colocar fogo em matas e, quando se depararem com esse tipo de incidente, acionar a polícia e o Corpo de Bombeiros", pontua.

 

 

 

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