Indesejadas, praças de pedágio devem melhorar condições de vias

EDITORIAL -

Data 21/02/2019
Horário 04:00

Aquilo que todo mundo esperava, e temia, aconteceu. O governo do Estado confirmou que a concessão do lote de rodovias “Piracicaba – Panorama”, lançada nesta semana, poderá resultar na instalação de seis novas praças de pedágio em cinco cidades da região de Presidente Prudente. Segundo a Artesp (Agência Reguladora de Transporte Estado de São Paulo), está prevista a instalação de uma praça em Rancharia, no km 532 da Rodovia Prefeito Homero Severo Lins (SP-284); outras duas em Martinópolis, nos kms 400 e 434 da Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425); além de Tupi Paulista, Santa Mercedes e Lucélia, nos kms 665, 670 e 589, respectivamente, que receberão uma praça cada na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294).

Diante das últimas obras e reformas promovidas nas rodovias, sobretudo na Assis Chateaubriand, os indesejados pontos de pedágio já eram esperados pelos moradores da região, apesar de o governo anterior afirmar categoricamente que isso não ocorreria. A boa notícia, se é que se pode encontrar alguma, é que serão realizadas “grandes obras” ao longo dos trechos, abrangendo cerca de 200 quilômetros, incluindo a duplicação da SP-294, no trecho entre Osvaldo Cruz e Paulicéia; duplicação da SP-284, inclusive no trecho entre Rancharia e Martinópolis; duplicação da SP-425, incluindo o trecho entre Parapuã e Martinópolis.

É o mínimo que se espera. Como se diz, brasileiro não liga de pagar impostos – até porque pagamos aos montes –, desde que o dinheiro retorne em forma de serviços públicos dignos, o que na maioria das vezes não acontece. Um exemplo está nos pedágios instalados na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), concedida à Cart (Concessionária Auto Raposo Tavares). São três praças entre Presidente Epitácio e Regente Feijó, mas ainda assim a via apresenta diversos problemas estruturais como buracos e ondulações.

As praças significarão, evidentemente, encargos maiores para os motoristas da região. Viajar ficará mais caro a partir das concessões. Mas espera-se que as obras tragam modernização e desenvolvimento aos municípios da região, além de favorecer o aumento na segurança das vias, a manutenção regular e a redução no número de acidentes de trânsito.

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