Informação e acesso ao descarte correto de óleo usado são necessários

EDITORIAL -

Data 30/09/2020
Horário 04:25

Produto popular na culinária, o óleo de cozinha é utilizado diariamente para diversas receitas, desde o preparo do arroz até a realização de frituras. Muitas vezes, após ser usado em grandes quantidades, pode acabar sendo reutilizado nos dias posteriores, mas chega o momento inevitável em que é preciso descartá-lo. E daí surge a principal dúvida: onde colocá-lo? Sem a informação necessária, muitos acabam adotando o caminho mais simples: jogá-lo pelo ralo da pia, o que, apesar de parecer prático, não é indicado e pode gerar muitos problemas.
De acordo com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), o resíduo acumula-se nas paredes dos canos e retém outros materiais que passam pelo caminho, causando entupimentos que só vão causar dor de cabeça. Além disso, pode ocorrer o “infarto” do sistema de esgoto, exigindo custos mais altos para consertos e reparos. Ou seja, além de gerar dor de cabeça, vai pesar no bolso do consumidor.
E como se não bastasse os prejuízos para o indivíduo, há também os incontáveis malefícios para o meio ambiente. Ainda segundo a Sabesp, um litro de óleo pode contaminar até 25 mil litros de água, já que as substâncias não se dissolvem na água e, quando descartadas, provocam descontrole do oxigênio e morte dos peixes.
Para conscientizar a população sobre a importância de dar o fim correto ao produto, a Prefeitura de Presidente Prudente acerta ao realizar uma ação de coleta de óleo usado em quatro diferentes locais da cidade. O primeiro aconteceu no último sábado, no Parque do Povo do bairro Ana Jacinta, onde foram coletados 510 litros do produto. Nos próximos finais de semana, os recolhimentos ocorrem na Cohab (em 3 de outubro), no Brasil Novo (17 de outubro) e nas imediações do posto policial desativado do Parque do Povo (24 de outubro), sempre das 9h às 13h.
É muito importante que as pessoas não só recebam a informação de como fazer esse descarte, como também tenham acesso a locais e iniciativas que permitam a destinação ambientalmente adequada de forma fácil e prática. Com isso, não somente o ralo de cozinha e o bolso do consumidor estarão preservados, mas, acima de tudo, o solo que pisamos, os mananciais que abastecem nossos lares e o meio ambiente como um todo.
 

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