O setor do Instituto de Oncologia, anexo à Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente, atende cerca de 2 mil pessoas mensalmente, entre sessões de quimioterapia e consultas. O Dia Mundial de Combate ao Câncer foi lembrado ontem. A data foi estabelecida pela OMS (Organização Mundial de Saúde), com objetivo de alertar a população sobre causa, prevenção e tratamento da doença. Segundo o oncologista Cezar Wilson Bastos Coimbra, os casos mais diagnosticados de câncer são os de mama e próstata.

Há três anos, o paciente Altair Inocêncio, 55, passou a enfrentar o câncer de medula óssea. Segundo ele, a doença foi descoberta a partir de um acidente em que machucou os ombros, mas cujos ferimentos não cicatrizavam. Depois de uma sequência de exames, foi constatada a patologia. Inocêncio afirma que o corpo, no começo, não respondia bem à quimioterapia, mas está se recuperando bem. "É tudo um processo, até hoje não me recuperei 100%", afirma.

A dona de casa Eliana Aparecida Scarmgnani Mendonça, 48, por sua vez, também está em tratamento de um câncer no ovário. Tudo começou com um inchaço na barriga, após ficar internada por cinco dias e fazer vários exames, foi diagnosticada com a doença. Quando Mendonça descobriu a patologia, a mesma já estava em estágio avançado. Segundo ela, foi retirado um pedaço do intestino, do fígado e do ovário. "O tratamento é invasivo, mas meu corpo tem reagido bem", acrescenta.

Ainda de acordo com o oncologista, o dia a dia das pessoas que passam pelo procedimento é "puxado". São vários cuidados a serem tomados, como higienização e atenção com a medicação. "Mesmo quem alcança a cura deve ficar atento", observa.

 

Como prevenir

Conforme Coimbra, os casos mais diagnosticado de câncer são os de mama e os de próstata. Como prevenção do câncer de mama, é indicada a avaliação ginecológica periódica. A paciente de risco normal, segundo ele, deve começar a fazer o exame de mamografia anualmente a partir dos 35 anos.

Para o homem é recomendado o exame de sangue, urológico, a partir dos 50 anos, para quem não tem histórico na família. Caso contrário, o recomendado é fazer após os 40 anos. "É indicado que seja realizado uma vez por ano", acrescenta o médico.