Lar temporário fortalece rede de proteção às vítimas da violência

EDITORIAL - DA REDAÇÃO

Data 27/09/2020
Horário 04:55

Serviço Regional de Acolhimento para Mulheres em Situação de Violência e seus Filhos e Filhas. Este é o nome que será dado à casa abrigo gerida pela Associação O Amor é a Resposta para o acolhimento de mulheres vítimas de violência física, sexual, psicológica ou dano moral, acompanhada ou não de seus filhos. A iniciativa, que é uma parceria entre oito prefeituras da 10ª RA (Região Administrativa) do Estado de São Paulo, Defensoria Pública de Prudente e MPT (Ministério Público do Trabalho), teve a sua implantação aprovada nesta semana, durante reunião realizada no Centro Cultural Matarazzo.
O serviço, que terá endereço sigiloso e segurança na residência, contará com funcionamento 24 horas por dia e poderá atender um total de 20 pessoas, entre mulheres e filhos, que serão distribuídas em uma casa de seis quartos, sendo um suíte. O tempo de permanência é três meses, sendo prorrogável por mais três se houver necessidade. Para viabilizar o projeto, o MPT investirá R$ 283.877,33, destinados à aquisição de mobiliário e equipamentos, além de dois meses de custeio. Posteriormente, a iniciativa será mantida por meio de repasse do governo do Estado, no valor de R$ 26 mil, e dos oito municípios que aderiram à casa abrigo. Cada um deverá destinar R$ 3.250 mensais ao serviço, além de R$ 656 ao Ciop (Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista), já que o consórcio será responsável pela gestão fiscal e financeira do espaço.
Serão atendidos pelo projeto as cidades de Prudente, Presidente Bernardes, Martinópolis, Narandiba, Presidente Epitácio, Rancharia, Regente Feijó e Taciba, que passarão a dispor de mais um instrumento para fortalecer a rede de proteção e apoio à mulher vítima de violência doméstica. Como se sabe, após realizar a denúncia, esta precisa ser afastada do autor para que não volte a sofrer violações e, muitas vezes, permanecer no lar onde vivenciava tais abusos não lhe dá a segurança necessária para seguir em frente.
A partir desta casa abrigo com endereço confidencial, a mulher poderá virar a página e se sentir segura num lar temporário enquanto recebe todo o suporte e orientação dos órgãos de defesa e proteção, sem temer que, a qualquer momento, o agressor volte à casa para colocar em risco a integridade dela e de sua família. A elaboração deste projeto comprova a necessidade de se pensar em políticas públicas para combater a violência doméstica, que tanto priva, fragiliza e assassina mulheres em toda a região, dando a elas uma nova oportunidade para restabelecer suas vidas e ser tratadas com carinho, respeito e amor.

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