Desde o início da semana uma publicação que viralizou nas redes sociais e ganhou destaque em outros veículos de comunicação, como neste jornal, chama a atenção para o quanto muitas pessoas estão valorizando cada vez menos a vida, o afeto, a proximidade, o contato(neste momento infelizmente quase impossível por conta da pandemia, claro), entregando-se total e exclusivamente a uma vida virtual, de likes, seguidores, engajamento, etc.
Na segunda-feira a 3ª Companhia de Policiamento Ambiental resgatou um cachorro que havia sido castrado de forma, graças a Deus hoje considerada irregular, em uma república de estudantes, em Presidente Prudente.
O procedimento cirúrgico cruel, qual mostrava o sofrimento de um labrador foi gravado e publicado em uma rede social pelos próprios autores que riam e faziam piadinhas da situação em que o indefeso cão se encontrava e revoltou protetores de animais, ativistas, e comunidade em geral.
Literalmente, o tiro saiu pela culatra. Após verem as manifestações de repúdio e indignação dos internautas (que eles queriam conquistar, ganhar a atenção) um deles ainda soltou a infeliz frase “por isso fizemos essa cena ‘gera engajamento’”.
A vida se tornou muito mais ágil com a internet, com as muitas coisas boas que a sua velocidade faz com que tudo chegue até nós. Mas, lamentavelmente nesse mundo moderno, nessa era tecnológica maravilhosa, de tantas possibilidades e oportunidades, facilidades mil, praticidade, muitos não sabem utilizar os recursos para o bem. Muitas pessoas nas redes estão focadas apenas em números, curtidas.
Um cachorro, um gato demonstra, oferece mais amor, carinho às pessoas da casa(e até aos da rua) do que os próprios familiares e certos “amigos”. Eles amam sem pedir nada. Eles apanham, são maltratados, judiados, e no mesmo instante já estão ali lambendo, cheirando. Como pode um ser chamado humano ter coragem de fazer mal a um bicho indefeso? Isso é pura crueldade. E pior, de alguém que se preparava para a profissão que cuidaria dos animais.
São Francisco, piedade!
