As escolas da educação básica, que atendem alunos da educação infantil até o ensino médio, poderão receber diariamente até 35% dos alunos matriculados. Em todas as fases do Plano São Paulo, os protocolos sanitários devem ser cumpridos à risca. Contudo, tem sido comum ver publicações nas redes sociais de mamães que afirmam que não deixarão seus filhos retornarem às salas de aula neste momento.
Thayna Araújo de Oliveira, 23 anos, pode bem representar inúmeras dessas mães que não terão coragem de mandar seus pequenos para a escolinha. Ela diz que seu filhinho Lorenzo Araújo Bataliotti, 5 anos, já está matriculado, mas esse ano só vai mandá-lo depois de uma vacina que ela tenha certeza de que é realmente eficaz.
“Além de ele ser de um grupo de risco [é asmático], a meu ver uma professora só não dá conta de cuidar de todas as crianças, que precisa seguir tantos protocolos de segurança. Sem contar que eles são muito pequenos para entender que tem que manter uma distância do amiguinho. E acho que além do risco para os pequeninos tem para os funcionários da escola também. De forma alguma mando meu filho”, enfatiza
Thayna é atendente/vendedora, mas que por conta da pandemia e de uma cirurgia está desempregada.
Com o mesmo receio, Camila Gomes Franchine, 33 anos, tem dois de seus quatro filhos em uma escola municipal qual durante a pandemia enviava tarefas no caderno, diariamente.
“Um ponto falho da escola das crianças é que diferente de outras não ofereceu aulas on-line. O que facilitaria muito para as crianças tirar dúvidas, principalmente. Essa foi uma dificuldade que sentimos bastante. Mas, ainda assim, prefiro que continuem dessa forma, em casa, se for para mantê-los longe dessa doença. Deus me livre. Não vou arriscar de jeito nenhum. Jamais colocarei a vida dos meus filhos em risco”, destaca Camila mãe de Larissa, 10 anos, que está no 5º ano, e Lucas, 9, no 4º ano escolar, além das gêmeas Laura e Lívia que completam 11 meses dia 22.
Cedida
Mamãe Camila quer sua prole agasalhadinha com ela, em casa
