Maratonista prudentino participa de corridas online 

Prática tem sido opção para adeptos na pandemia, e foi o que fez o técnico de contabilidade, Adinaldo Felicio, 61 anos

Esportes - OSLAINE SILVA

Data 18/10/2020
Horário 03:23
Weverson Nascimento - Com duas folgas na semana, Adinaldo corre em média de 50 a 120 minutos por dia
Weverson Nascimento - Com duas folgas na semana, Adinaldo corre em média de 50 a 120 minutos por dia

O técnico de contabilidade da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), Adinaldo Felicio dos Santos, 61 anos, não tem gosto apenas por números e cálculos, mas há 13 anos tem também a paixão por corridas. Ele até já correu na São Silvestre e na Ultramaratona/2019 na Cidade da Criança, em Presidente Prudente. E para não ficar parado, durante esta pandemia, concluiu recentemente um desafio de maratonas lançado pelo organizador André Pelegrino, em que a pessoa que quiser correr registra o tempo via aplicativo (ele usou o Strava) e depois participa de um ranking nacional. 
No total, Adinaldo percorreu 719 km (quilômetros) e ficou entre os dez primeiros colocados. Conquistou o quinto lugar a nível Brasil, o que dá direito a um troféu especial. 
Com duas folgas na semana, Adinaldo corre em média de 50 a 120 minutos por dia, dependendo do percurso que normalmente é de 10 a 21 km, ou um pouco mais. “Às vezes vario um pouco, mas geralmente saio de frente o posto de combustíveis próximo da Oeste Saúde em direção à Rua Antônio Rodrigues passando pelo posto Andorinha, vicinal descendo o Cristo e fechando no mesmo local de saída. Em média 11 km. Ou, ao contrário, subindo a Avenida Brasil, Avenida Ademar de Barros passando em frente ao Prudentão, terminado no mesmo ponto de partida, o que vai dar uma média de 16 km. Mas tem outros vários lugares”, expõe o corredor.

Centenas de provas e gratificações

O funcionário da universidade diz não saber precisar de quantas competições já participou, mas garante que foram mais de 100. Esse número representa para ele muitas gratificações, como correr em 2010 os primeiros 10 km da Fila Night Run, no Sambódromo do Anhembi, e pela primeira vez conhecer a capital paulista. 
Correr por sete vezes a São Silvestre; participar da Maratona de São Paulo, 4.2195 km em 3h46m; “e sem dúvida estar na Ultramaratona qual mesmo sem planejamento me inscrevi para acompanhar uma amiga nos 50 km e acabei fazendo os 80 km. Foi marcante demais. Além claro, do atual desafio de 150 km, com vários competidores de alto nível, no qual tive a honra de ficar bem colocado. No ranking nacional da BR 135 Ultramaratona Brasil, estou na sextacolocação, sendo o único com mais de 50 anos”, expõe orgulhoso o prudentino.

“É INEXPLICÁVEL A ADRENALINA, A FELICIDADE E ATÉ MESMO A ANSIEDADE QUANDO VOCÊ SE ENCONTRA NA PISTA PARA MAIS UMA LARGADA DE 5, 10, 21, 42 OU ATÉ MAIS QUILÔMETROS!”
Adinaldo Felicio dos Santos

Adinaldo diz que teria muito pra falar, mas a ansiedade não deixa. Segundo ele, sua próxima participação oficial será a Ultra Maratona 135 km em janeiro/2021, saindo da cidade de São João da Boa Vista (SP) até a Borda da Mata (MG). “E se o comandante me liberar e estiver em condições completarei os 217 km até Paraisópolis [SP]. Se Deus permitir, porque pra isso dependo da organização”, salienta o maratonista.

O esporte propicia várias benefícios

Assim como é benéfico para qualquer pessoa, Adinaldo diz que para ele não tem sido diferente os benefícios que o esporte lhe proporciona, como muita disposição e tranquilidade. “Mas um dos maiores é a alegria de correr! Amo demais! É inexplicável a adrenalina, a felicidade e até mesmo a ansiedade quando você se encontra na pista para mais uma largada de 5, 10, 21, 42 ou até mais quilômetros!”, exclama o maratonista, enfatizando que não importa se tem 100 ou 35 mil competidores como é o caso da São Silvestre.
Outra coisa que ele afirma lhe dar muito prazer é que dentro da competição, por mais acirrada que seja, ninguém agride um ao outro e no final todos são vencedores. “Um sempre ajuda o outro, mesmo querendo um lugar no pódio. Para mim, é essa a importância desta atividade. Ela é capaz de te tornar um ser humano mais humano ainda. É muita alegria, além de medalha e alguns lugares no pódio, é claro”, destaca. 


 


 

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