Mensagens natalinas do papa

OPINIÃO - Sandro Rogério dos Santos

Data 16/01/2022
Horário 04:30

Apesar dos seus 85 anos, Francisco continua atento aos problemas da humanidade e incansável na sua missão. Mostrou-o de modo exemplar no tempo natalino. Eis apontamentos, extratos de mensagens, chamadas de atenção...
Lembrou: “O nascimento de Jesus é um acontecimento universal que afeta todos homens.” “Para chegar a Belém é preciso pôr-se a caminho, correr riscos, perguntar e até enganar-se.” “Hoje, quereria levar a Belém os pobres e também aqueles que julgam não ter Deus, para que possam compreender que só n’Ele se realizam os nossos desejos e se chega a ser profundamente humano”. “Os Magos representam também os ricos e os poderosos, mas só aqueles que não são escravos da posse, que não estão ‘possuídos’ pelas coisas que julgam possuir.”
Migrantes e refugiados. “A família de Nazaré experimentou na primeira pessoa a precariedade, o medo e a dor de ter de abandonar a sua terra natal”. “São José, tu que experimentaste o sofrimento dos que têm de fugir para salvar a vida dos seus entes mais queridos, protege todos os que fogem por causa da guerra, do ódio, da fome.”
Dia Mundial da Paz: “Educação, trabalho, diálogo entre as gerações - instrumentos para construir uma paz duradoura”. “Se nos convertermos em artesãos da fraternidade, poderemos tecer os fios de um mundo lacerado por guerras e violências.” É essencial recordar que no Natal “Deus não veio com o poder de quem quer ser temido, mas com a fragilidade de quem pede para ser amado.”
Natal é tempo de família. No dia da Sagrada Família, voltou ao tema. Para denunciar “a violência física e moral que quebra a harmonia e mata a família”. Para pedir: “Passemos do ‘eu’ ao ‘tu’. E, por favor, rezai todos os dias um pouco juntos, para pedir a Deus o dom da paz. E comprometamo-nos todos - pais, filhos, Igreja, sociedade civil - a apoiar, defender e proteger a família”. “É perigoso quando, em vez de nos preocuparmos com os outros, nos centramos nas nossas próprias necessidades; quando, em vez de falar, nos isolamos com os nossos telefones móveis; quando nos acusamos uns aos outros, repetindo sempre as mesmas frases, querendo cada um ter razão e no fim há um silêncio frio.” “Talvez não tenhamos nascido numa família excepcional e sem problemas, mas é a nossa história, são as nossas raízes: se as cortarmos, a vida seca.”
Não esqueceu a Cúria: “A humildade é requisito” para o governo da Igreja. “Se o Evangelho proclama a justiça, nós devemos ser os primeiros a procurar viver com transparência, sem favoritismos nem grupos de influência.”
Seja bom o seu dia e abençoada a sua vida. Pax!!!
 

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