Mercado Voluntário de Carbono de Floresta Nativa

O governo brasileiro, signatário da Convenção do Clima desde 1992, reconhecendo a preocupação da sociedade mundial com as mudanças climáticas, criou em outubro de 2020, por iniciativa do Ministério do Meio Ambiente, o Programa Floresta+ Carbono, atendendo o anseio de investidores e consumidores, que têm nos exigido a incorporação de medidas para reduzir e compensar emissões de gases de efeito estufa e de conservação dos recursos naturais por empresas e outros entes públicos e privados, no âmbito florestal através de unidades mensuráveis, quantificáveis e rastreáveis de redução de emissões de gases de efeito estufa. 
Desde o surgimento de iniciativas como o ESG (Environmental, Social, and Governance), que além de aspectos financeiros, consideram os impactos ambientais, sociais e de governança, mostra que essa agenda tem ganhado cada vez mais força. O Mercado Voluntário de Carbono de Floresta Nativa é um ambiente para quem quer conservar vegetação nativa e compensar suas emissões. Compromissos do setor público e privado na direção de implementar políticas institucionais de ESG de forma efetiva e real serão a maior fonte de recursos desse mercado. 

Integrar o Carbono Florestal a mercados voluntários poderá possibilitar a mobilização imediata e significativa de recursos

Projetos de carbono de floresta nativa atuam diretamente no território, em diversos biomas. Por exemplo, na Amazônia, nas regiões de alta pressão de desmatamento, haverá geração expressiva de créditos de conservação florestal por desmatamento evitado. No Pantanal, créditos serão gerados em importantes corredores ecológicos. Na Mata Atlântica, em áreas relevantes para a biodiversidade, haverá geração de créditos de recuperação de vegetação nativa. Em regiões com baixa atividade econômica, como parte do cerrado e caatinga, haverá geração de créditos pela substituição ou redução no uso da lenha nativa como fonte de energia, o que promove a manutenção de importantes remanescentes florestais. 
Integrar o Carbono Florestal a mercados voluntários poderá possibilitar a mobilização imediata e significativa de recursos, sejam eles associados a acordos setoriais ou sistemas de redução e compensação de emissões em acordos internacionais.


 

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