Moradores em situação de rua são de responsabilidade da sociedade

EDITORIAL -

Data 17/07/2019
Horário 04:05

É inverno e, como em todos os anos, as temperaturas despencam nos termômetros. Os dias são frios e, para fugir dos ventos gelados, nada melhor do que muito agasalho, touca, luvas e cobertores. E o cenário é ainda pior para aqueles que vivem em situação de rua. Sem abrigo, tais pessoas dependem da solidariedade das outras para se aquecer durante a estação mais fria do ano. Em Presidente Prudente, conforme noticiado na edição de hoje deste diário, cerca de 200 moradores têm as ruas da cidade como casa. Número 58,85% maior que as 130 pessoas expostas a mesma condição em 2016 no município, segundo matéria publicada por este mesmo veículo em meados daquele ano.

A situação de rua é uma condição preocupante e, tal aumento no número de moradores neste estado aponta para um cenário crítico. Os pontos onde eles podem ser encontrados são bem conhecidos. Praça Nove de Julho, Praça da Bandeira, Terminal Rodoviário, além das imediações do Camelódromo. O que se sabe também é o que os leva as ruas: dependência química de álcool ou droga, problemas mentais ou familiares, desemprego, condições financeiras precárias. O que muitas vezes não se consegue é evitar que as pessoas cheguem a tal situação, ou mesmo recuperá-las depois que já estão na rua pela chamada reinserção social.

O fato é que, por mais que estejamos confortáveis, todos estamos sujeitos a tal condição. Isso mesmo, ninguém está completamente livre de um dia estar na mesma situação, por mais que no presente haja segurança. Logo, “assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam”. A responsabilidade por esses, além da SAS (Serviço Municipal de Assistência Social), é da sociedade em geral.

Não dá simplesmente para fechar os olhos e deixar na responsabilidade da Prefeitura o que cabe a todos nós. Por mais carentes que sejamos, todos temos uma peça de roupa para aquecê-los, um cobertor para cobri-los, algum alimento para saciá-los, uma palavra de consolo e incentivo que possa, talvez, demovê-los da  situação e, quiçá, devolvê-los às suas casas e famílias.

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