Mortes em acidentes de trânsito crescem 25%

Especialista atribui o aumento ao período de férias e feriados, quando números tendem a aumentar a cada época

REGIÃO - ROBERTO KAWASAKI

Data 01/09/2018
Horário 04:02
Arquivo - Em junho foram 12 mortes e 15 em julho, com 78 óbitos nos sete meses
Arquivo - Em junho foram 12 mortes e 15 em julho, com 78 óbitos nos sete meses

O Movimento Paulista de Segurança no Trânsito disponibilizou o balanço do número de mortes que ocorreram na 10ª RA (Região Administrativa) do Estado de São Paulo entre os meses de junho e julho deste ano, decorrentes de acidentes em rodovias e vias municipais. Conforme os dados, a região registrou 25% de aumento nos óbitos em comparação entre os dois meses, uma vez que em junho houve 12 mortes e em julho 15, o que acumula 78 óbitos durante os sete meses de 2018. Neste período, julho foi quando houve o maior número de mortes catalogadas, seguido de abril e maio, ambos com 13 registros.

Nos períodos em que há mais feriados e férias prolongadas são constantes as ocorrências de acidentes de trânsito. A especialista em trânsito, Luciane Napolitano, afirma que a palavra-chave para que o cenário se inverta é a conscientização. “Infelizmente, continuamos observando a constância destes registros, tanto em acidentes, quanto em mortes. É lamentável que isso ocorra todo ano por imprudência dos próprios condutores”, expõe a especialista.

Conforme a análise no banco de dados do Infosiga, os óbitos por acidentes na região ocorreram com maior incidência na sexta-feira e no sábado, sendo que em julho totalizou oito mortes. Para Luciane, este é um cenário que depende também da conscientização do condutor e considera a média “corriqueira” na região. “O motorista sabe dos riscos de dirigir embriagado, por exemplo. Mas grande parte ainda exagera no álcool, sai de festa cansado e pega a condução. Enquanto não adotar uma postura correta, as tragédias tendem a aumentar”, comenta.

São mais expostos

De acordo com o Infosiga, em julho, os motociclistas foram as maiores vítimas de óbitos no trânsito regional, quando catalogados sete, seguido de cinco mortes em automóveis. Apesar de campanhas de orientação e fiscalizações policiais, Luciane pontua que os motociclistas continuam a desrespeitar o uso de equipamentos de segurança, o que resulta em lesões fatais. “Fique atento às numerações específicas do capacete, use a viseira abaixada, mantenha a jugular bem fixada no pescoço e a verifique corretamente o ponto-cego no retrovisor”, orienta a profissional.

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