MPE pede bloqueio de bens de ex-gerente da Cidade da Criança

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 13/04/2019
Horário 05:20

O MPE (Ministério Público Estadual) pediu à Justiça o bloqueio de bens de Marco Antônio de La Casa, ex-gerente administrativo e financeiro da Cidade da Criança de Presidente Prudente. Ele é acusado de improbidade administrativa, por supostamente desviar valores da arrecadação do estabelecimento. A Promotoria fala de R$ 145.628,38, conforme consta na petição.

Também ex-funcionário do Ciop (Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista), que gerencia o local, o acusado, de acordo com a ação, produzia relatórios detalhando o que era arrecadado no complexo do que era levantado com a bilheteria. “Ao longo do tempo, o réu se apropriou de parte dos recursos arrecadados pela bilheteria, e para esconder o desvio e o desfalque do Ciop e da Prefeitura, ele alterava os relatórios mensais de prestação de contas”, explica a Promotoria.

No efetivo, segundo o MPE, Marco alterava os valores mensais da prestação de contas, informando cifras menores, a mesma que constava nos depósitos feitos por ele à conta do Ciop, mas não necessariamente reais. À reportagem, a administração do consórcio relata que o ex-funcionário trabalhou na gerência entre maio de 2016 e maio de 2017.

Outro lado

Marco foi procurado pela reportagem, contudo, não foi localizado até o fechamento dessa edição. Por sua vez, o prefeito de Teodoro Sampaio, Ailton Cesar Herling (PSB), que atuava como presidente do consórcio na época, explica que o Ciop percebeu movimentações estranhas por parte do ex-funcionário - antes mesmo do MPE -, e decidiram demiti-lo. O atual chefe da entidade, Cristiano Macedo Engel (PV), também prefeito de Martinópolis, não foi localizado para falar sobre o caso.

Por sua vez, a Prefeitura confirma com a informação de que a investigação do MPE partiu de uma sindicância aberta pelo próprio Ciop e a Setur (Secretaria Municipal de Turismo), que culminou na exoneração do funcionário em questão. “A administração municipal permanece à disposição do MP e da Justiça para prestar os esclarecimentos necessários”, finaliza.

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