Mudanças na legislação não tiram obrigação do condutor de dirigir com cautela

EDITORIAL -

Data 13/11/2020
Horário 04:15

Quem transita pelas principais ruas e avenidas de Presidente Prudente, ou ainda, estradas da região, já sabe que, se ultrapassar o limite de velocidade imposto, será multado. Na cidade, são vários pontos com radares fixos, alguns com velocidade máxima de 50 km/h e outros de 60 km/h.
Alguns esquecem e são pegos de surpresa com a chegada da notificação em casa. Outros extrapolam, sabem até os pontos onde os dispositivos estão instalados e, mesmo assim, acabam repetindo o erro. Há ainda os que acabam se dando mal, ao se depararem repentinamente com um aparelho móvel pela frente. Na maioria das vezes, ele está ali, escondido. E quando viu, já era. É só esperar a notificação.
O uso de radares visa reduzir o número de acidentes. Pena que hoje, infelizmente, a educação pelo bolso ainda seja a mais eficaz. Os motoristas precisam ser multados para aprender, ou ao menos tentar, respeitar as leis de trânsito. 
A maioria deles reclama dos dispositivos. “Uma forma de arrancar dinheiro”, alegam. Mas com as novas regras para o uso de radares eletrônicos, que entraram em vigor este mês, por meio da Resolução 798/20 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), o órgão busca privilegiar o caráter educativo, em vez do meramente punitivo.
De acordo com a medida, os radares fixos só podem agora ser instalados em locais onde houver placas de sinalização indicando o limite máximo de velocidade na via. Além disso, onde houver diminuição de velocidade, deve haver placar indicando a gradual redução. Outro ponto de destaque é a proibição da instalação dos dispositivos em locais de difícil visão, ou seja, escondidos por placas, árvores, postes, passarelas e pontes.
O objetivo da mudança é fazer com que o condutor seja alertado sobre o limite de velocidade da via, perceba os riscos, reduza a velocidade e, consequentemente, as chances de envolver-se em acidentes.
No entanto, é preciso lembrar, que nem todos os acidentes registrados são causados apenas por excesso de velocidade. Não adianta nada ter diversos aparelhos instalados, inúmeras multas sendo aplicadas, ou ainda “facilitar” para o motorista alertando-os sobre o uso de determinado aparelho no trecho, se ele não tiver responsabilidade no volante. 
Muitos só diminuem a velocidade e, muitas vezes de forma brusca, quando veem o equipamento. Independente de radar, se você está sendo monitorado ou não, faça a sua parte. Ter consciência e cautela é fundamental durante toda a viagem. 
 

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