Mais um 12 de outubro se aproxima. No Brasil, feriado nacional, alusivo a Nossa Senhora Aparecida. Data em que comemoramos também o Dia das Crianças. Há quem ainda não tenha garantido o presente dos pequenos, mania de brasileiro deixar tudo para a última hora. Mas a grande maioria - mesmo em meio à pandemia - já comprou ou, pelo menos, sabe o que vai dar. Celulares, videogames, tablets, entre outros eletrônicos, além dos tradicionais carrinhos e bonecas, estão entre os campeões de vendas. E os pais, com certeza, independente de preço, se desdobram como podem, para conseguir o que foi pedido.
Mas será que só é possível expressar o amor por uma criança com bens materiais? Será que isso também não se dá por gestos ou palavras? Será que um abraço afetuoso, uma relação de respeito e cuidado, não vale mais do que um brinquedo adquirido às pressas na liquidação? E quem não pode comprar nada, como fica? Por isso, não amam seus filhos?
É importante que as crianças aprendam desde cedo que a felicidade não está nos bens materiais, que o melhor presente que podem receber é a presença constante da família em sua vida. Ter alguém que cuide, se preocupe com sua saúde, dê amor, respeito e carinho. Que elas sejam alimentadas quando sentirem fome, compreendidas, educadas e protegidas, aquecidas quando sentirem frio, corrigidas quando necessário. Crianças precisam de atenção, de tempo gasto com elas. Uma simples brincadeira pode render uma tarde toda de diversão.
Que tal não aproveitar, por exemplo, a programação que a Secult (Secretaria Municipal de Cultura) de Presidente Prudente preparou para este mês, dedicado às crianças? Além de apresentações circenses, que podem ser conferidas a partir deste sábado, de dentro de casa, haverá ainda drive-thru – com personagens infantis e show de mágica - e diversas lives no canal da pasta, no YouTube, até o dia 31. Uma boa para sair da rotina...
Muito mais triste do que ficar sem um presente na data são com certeza, as notícias que temos dado e nos deparado, constantemente, por aí. Pai que abusa de filho (a) ou que matou por um motivo banal. Crianças sendo espancadas, torturadas, esquecidas dentro do carro ou se sujeitando a trabalhar desde muito novinhas, para contribuir com a renda familiar, ao invés de estarem estudando.
Que este 12 de outubro sirva também de reflexão. Para lembrarmos do nosso bem mais precioso... são elas que representam o futuro do país e a esperança de dias melhores.