Jovem ou idosa, moderna ou tradicional, rica ou pobre. Independente da idade, estilo ou condição social, o sentimento da maternidade é contagiante para a maioria das mulheres. E hoje, dia especialmente dedicado às mães, a virtude dessas heroínas deve ser enaltecida, afinal muitas se desdobram entre tarefas de casa, do trabalho externo e ainda cuidam dos filhos com empenho e dedicação. São consideradas fortaleza e esteio do lar. Choram, riem, lutam, vencem. E apesar de tudo isso, o presente que esperam diariamente dos filhos é amor e carinho.
Com Davi Lucas, Taynara Silva comemora seu primeiro Dia das Mães
É o que diz uma das moradoras do Lar São Rafael, em Presidente Prudente, Zoraide Ferreira Scalon, 86. Mãe de três filhos (dois já falecidos), com oito netos e dez bisnetos, se emociona ao pensar que neste domingo não poderá tê-los ao seu lado. "Sei que não virão porque todos moram longe. Mas também sei que estarão pensando em mim, pois sempre me deram muito amor, carinho e atenção. Mas o meu filho virá", exclama, com lágrimas nos olhos.
Scalon está há um ano na entidade e afirma que amar estar no lugar. "Sou feliz aqui com minha nova família. Temos companhia todos os dias e recebemos muito carinho!", reconhece.
Um presente
A secretária Taynara Barbosa da Silva, 19, vibra com seu primeiro Dia das Mães, com a chegada do pequeno Davi Lucas há 19 dias. "Sinto-me uma mulher feliz e orgulhosa por ter gerado uma criança em meu ventre. Agradeço a Deus por ter me proporcionado a oportunidade de ser mãe", enfatiza.
Para ela seu bebê é um guerreiro, pois assim que nasceu precisou ser encaminhado para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por conta de um problema respiratório. "Deus lhe deu uma nova vida! Amo esse menino desde quando descobri que estava grávida. É um amor além dos limites", ressalta.
Para criar o filho, ela diz que terá como exemplo sua mãe. "Ela conseguiu cuidar sozinha de mim e de meus irmãos de uma forma louvável. É uma guerreira. Tudo em minha vida: melhor mãe, avó, amiga, um exemplo de mulher. É assim que quero ser com meu filho", declara.
Especial
A aposentada Marlene Cândido de Souza Magalhães, 58, de Alfredo Marcondes é mais um exemplo da força do amor de uma mãe. Ela conta que no nascimento do filho Jefferson Luis, hoje com 37 anos, foi surpreendida com a notícia de que ele tinha deficiência mental "No início foi difícil, porque eu não tinha ideia de como cuidar de uma criança especial. Naquela época os recursos para tratamento médico eram bastante precários e depois vieram os obstáculos para que ele frequentasse uma escola", expõe.
Relembra que o menino foi crescendo e gostava de andar pelas ruas, sendo necessário monitorá-lo o tempo todo. Há quatro anos Magalhães conheceu a Unipode (União das Pessoas com Deficiência) e inseriu o filho na entidade, o que contribuiu para que ele obtivesse um melhor convívio social. "Sou muito feliz e não me arrependo de nada que fiz para protegê-lo", frisa.
