Munícipes cobram conservação de terrenos baldios, ruas e residências

PRUDENTE - ANDRÉ ESTEVES

Data 01/04/2018
Horário 06:59
José Reis, Eliana Gorreri tomou a iniciativa de recolher entulhos de calçada
José Reis, Eliana Gorreri tomou a iniciativa de recolher entulhos de calçada

Moradores da Vila Comercial, em Presidente Prudente, apontam que o depósito irregular de lixo não ocorre apenas na praça de lazer do bairro, como também em terrenos baldios, calçadas e vias públicas. No momento em que foi abordada pela reportagem, a dona de casa Eliana Gorreri, 46 anos, ajudava o seu vizinho a coletar entulhos de uma calçada na rua onde residem. Enquanto ele varria, ela segurava o saco de lixo. Uma vez que o material permaneceu ali por dias e ninguém fez a remoção, os dois tomaram a iniciativa de recolhê-lo. No entanto, Eliana acredita que isso poderia ser evitado se cada um acondicionasse de forma correta o lixo que produz.

A bancária Sônia Furlan, 50 anos, destaca que a varrição pública é feita uma vez por semana, periodicidade que seria considerada suficiente se todos fizessem a sua parte. “O nosso bairro tem muitas árvores, então as ruas estão sempre sujas. Caso os moradores ajudassem recolher, a gente não precisaria tanto do serviço de limpeza”, pondera.

A Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) informa que a varrição na localidade em questão começa na terça-feira e termina no dia seguinte, ao passo que a coleta de lixo é realizada diariamente, de segunda até sexta-feira, a partir das 19h, e no sábado, a partir das 13h. A pasta reitera que a Prudenco (Companhia Prudentina de Desenvolvimento), enquanto prestadora de serviços para a Prefeitura, atende um levantamento que foi feito para a formalização do contrato e nele foi determinado atender desta forma.

Ainda a respeito de limpeza, a dona de casa Claudete Peruzzo Apolinário, 52 anos, denota que há algumas residências do bairro em situação de abandono e que demandam fiscalização da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal). Ela conta que já viu equipes do órgão na Vila Comercial, mas desconfia que alguns proprietários não autorizam a entrada dos agentes. “Esse tipo de ação é necessária para evitar o aparecimento de escorpiões e outros animais indesejados”, avalia.

A VEM explica que, ao falar em casa inabitada, há duas situações. Em caso de residência fechada aos cuidados de imobiliária, a equipe de campo comunica o órgão por meio de demanda e, em seguida, há o contato com a imobiliária, em que são solicitadas as chaves para vistoria. Diante de casas abandonadas, por outro lado, a VEM entra em contato com o proprietário ou herdeiros cadastrados no Infoimobiliário e pede a abertura do imóvel. Caso não permitam, os mesmos são notificados e têm até 30 dias para fazer a adequação. “Se o proprietário não for encontrado, a notificação é publicada no Diário Oficial Eletrônico”, esclarece.

Outra situação é a de recusa. Se o morador está na residência no momento da visita, mas não permite a entrada do agente, ele é notificado e tem sete dias para agendar uma visita ao imóvel. Em caso de descumprimento, é feita a autuação conforme preconizado pela legislação municipal.

 

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