Natal

OPINIÃO - Walter Roque Gonçalves

Data 21/12/2019
Horário 04:35

O dinheiro é uma ferramenta essencial na vida de todos nós, no entanto, nesta época de espírito natalino, vale recompormos os valores e propósitos essenciais para vidas prósperas e, portanto, felizes. O dinheiro em si não é bom e nem ruim, Bill Gates e sua fortuna é utilizada para ajudar milhares de pessoas pelo mundo enquanto histórias de ditadores, como Pinochet, Muammar al-Gaddafi, Adolf Hitler ou ainda Fraçois Duvallier do Haiti, mostram o lado negro desta moeda, ou seja, não é o dinheiro e sim os desejos humanos que definem o que é do bem ou do mal.

Fraçois Duvallier foi um médico de prestígio que visitava os mais remotos vilarejos para levar a cura de doenças tropicais, como a malária e tifo. Os haitianos o chamavam carinhosamente de “papai doutor” ou Papa Doc em francês. O generoso médico, quando se tornou presidente, se transformou num monstro impiedoso, egoísta e sanguinário que enriqueceu ilicitamente, financiou a corrupção, confiscou terras produtivas, torturou e mandou matar pessoas. A mesma pessoa que carregava alegria, fraternidade, paz, esperança e humildade foi dominada pela avareza, raiva, inveja, ciúme, tristeza, cobiça, arrogância, ressentimento.

Ninguém é totalmente bom ou ruim. Ser honesto, não se deixar corromper, andar em caminhos retos é uma questão de escolha

Portanto, ninguém é totalmente bom ou ruim. Ser honesto, não se deixar corromper, andar em caminhos retos é uma questão de escolha e uma prática diária que fortalece estes valores e propósitos até que façam parte da personalidade e do caráter.

Neste Natal, temos mais uma oportunidade de avaliar quais os sentimentos que estamos nutrindo. A atenção aos bons sentimentos no leva para caminhos prósperos. E prosperidade não significa somente dinheiro, mas também paz, bom convívio social, familiar, espiritual e com a natureza que nos acolhe. Papa Doc do Haiti foi um homem muito rico, contudo, ele também o seria se não tivesse se deixado corromper. Que tal neste Natal restabelecermos a fé na humanidade e em nós mesmos? Este pode ser o caminho mais desafiador, contudo é - com certeza - o único que vale a pena.

 

 

 

 

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