Se você é um profissional ativo e ainda não está no mundo digital, sinto dizer que vai acontecer.
Mas sabe o que é bom? Se bobear, você até vai gostar e nem sabe.
Ouço muitos profissionais que se formaram há mais de 20 anos dizerem que o mundo digital não é para eles. Eu entendo esta dor e confesso que até eu mesmo fui bem resistente a trabalhar com mídias digitais.
Hoje, além de ser responsável por disciplinas como Mídias Digitais e Produção de Conteúdo, para os cursos de Jornalismo, Marketing e Publicidade e Propaganda na Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), também trabalho com estratégias de produção de conteúdo para redes sociais em empresas locais e nacionais.
Quem diria, né? Até pouco tempo, eu dava aulas apenas de técnicas jornalísticas, entrevista e comunicação empresarial. Até bem pouco tempo, minhas atuações profissionais, fora a faculdade, estavam restritas a redações e trabalhos fotográficos rotineiros e tudo isso aqui mesmo em Presidente Prudente. A última vez que prestei uma consultoria a um profissional no exterior percebi que estava diante de um novo cenário profissional.
E meu salto (ou mergulho) para o ciberespaço se deu por conta de dois fatores determinantes:
1 - Com 26 anos de carreira no jornalismo, eu não me tornei produtor de conteúdo agora. Eu sempre produzi conteúdo! Só mudei a plataforma, que antes era impresso e eletrônico e agora é digital. E quer saber: tenho uma vantagem competitiva enorme justamente porque sempre precisei “tirar leite de pedra” para produzir pautas e conteúdos de TV e jornal. Agora, que precisamos ter assunto todo dia para as redes sociais, posso nadar de braçada.
2 - Com tantos anos de experiência e tanta “rebolada” para resistir, permanecer ou mudar na profissão, por que seria agora que eu não iria me adaptar?
Beleza, estou contando tudo isso para você saber que é possível, embora também veja que quem não se adaptou ainda não é porque não consegue.
Esse lance de “quando quero vou lá e faço” é lindo nos livros de autoajuda, mas na vida real o bicho pega de outra forma.
Eu tive muito medo no começo. Medos, aliás: o lance de família, outras prioridades, grana, desconfiança com cursos que precisava fazer e falta de um horizonte mais claro.
Com mais de 40 anos, você não dá pernada de qualquer jeito.
E tem uma resistência bem mais comum: a dificuldade em enxergar que a nossa profissão já mudou. E não é que vai mudar, já mudou!
E digo mais: o mundo digital não dará ré!
Mas calma! Você não precisa sair correndo.
Eu mesmo fui na boa, lendo muito aqui e ali, ouvindo muita gente experiente, alguns novatos também, até que fiz o primeiro curso (e depois outro e outro e outro...) e coloquei a mão na massa.
Hoje produzo muito no digital, dou consultorias a profissionais que querem estar mais conectados, mas imagino ainda que há mais espaço para atuar. O mundo é de quem se adapta e faz acontecer. Bora, lá?