Ainda ecoando as celebrações em honra de Santa Teresinha, Virgem Doutora da Igreja e Padroeira das Missões Universais (festejada a 1º de outubro), cuja vida foi marcada por sofrimento, amor e fé... nos dias atuais, com a persistência da pandemia gerando doença, medo e morte no horizonte próximo e em derredor, podemos encontrar na vida dos santos exemplos para enfrentar os contratempos da vida com fé em seu horizonte ampliado.
Assim, observando comportamentos – não só individuais –, me permito associar as intempéries desses dias à cultura do remediar. Houve tempo em que se falava muito de prevenir para não remediar. Cuidar da saúde preventivamente. Para evitar futuras doenças, as crianças são vacinadas! Mas hoje, quantidade significativa de pessoas, com argumentos ora frágeis, ora apenas ideológicos, não aceita tal prevenção. A ventania da sexta-feira que trouxe infortúnios e prejuízos, também faz pensar. Há muitas árvores na cidade “abraçando” fios; outras, com galhas descompensadas após podas drásticas e, ainda, as podres cobrindo casas...
Muitos equipamentos – sejam públicos, sejam particulares – não recebem manutenção adequada há tempos. As situações “inesperadas” quase sempre colocam à lume a cultura do remediar a que tanto somos afeitos. Mas volto à Santa Teresinha. Ela sempre gostou de observar todas as coisas pequeninas, para descobrir o segredo da humildade, e isto ajudou muito o seu espírito de querer, por escolha própria, ser pequenina. Em seu coração também soprou o vento do orgulho e da grandeza, mas buscou controlar este espírito de vaidade.
A santa recordou de certo dia em que sentia nascer nela o desejo de ser importante e lhe veio à mente um pequeno exemplo: seria estranho que o pincel ficasse orgulhoso por ter pintado um quadro maravilhoso, pois o pincel é, simplesmente, instrumento nas mãos do pintor. Assim também somos nós, pequenos pincéis nas mãos do artista que é Jesus. É Ele quem age em nós. De nossa parte, somos simplesmente instrumentos. Como o cano não pode ficar orgulhoso pela água que transporta, da mesma forma, não importa que ele seja de ouro ou de outro material, o importante é a água que passa por ele. Esses exemplos nos ajudam a permanecer humildes e pequenos diante de Deus e a assumir nosso papel na existência.
O mundo busca sempre mais as aparências (que as intempéries destroem); as pessoas querem até ser mais importantes que Deus. É bom pensar com humildade, e Deus, que vê a nossa pequenez, fará grandes coisas.
Seja bom o seu dia e abençoada a sua vida. Pax!!!
