O termo “desenvolvimento sustentável” surgiu em 1972, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, ocorrida em Estocolmo, na Suécia, com o escopo de discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental. A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é “o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações”.
É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. O conceito de desenvolvimento sustentável foi desenvolvido a partir de um relatório que ficou conhecido como Relatório Brundtland ou “Nosso Futuro Comum”, em homenagem a primeira ministra da Noruega Gro Harlem Brundtland, que presidiu entre 1983 a 1987 a Comissão Mundial das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento. Esse relatório foi finalizado apenas em 1989 e serviu de base para a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento – também chamada de “ECO/Rio”, em junho de 1992, que estabeleceu a base para a cooperação internacional sobre as questões técnicas e políticas relacionadas ao aquecimento global e a promoção do desenvolvimento sustentável, condição sine qua non para a aprovação de projetos de carbono junto a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).
Não obstante, é cediço que o desenvolvimento sustentável é, sem dúvida, assunto dos mais prementes na atualidade. A busca por maneiras de se fazer persistir um crescimento econômico, sem degradar os sistemas naturais que sustentam a vida na Terra – atmosfera, águas, solos e seres vivos – e com a promoção de inclusão e justiça social não é somente um desafio, é uma exigência. Neste sentido, entre 13 e 22 de julho de 2012, diversos eventos oficiais e paralelos ocorreram no contexto da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, dando origem à plataforma da ONU denominada ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, também conhecidos como Objetivos Globais, um chamado universal para ação contra a pobreza, proteção do planeta e para garantir que todas as pessoas tenham paz e prosperidade.
Esses 17 objetivos foram construídos com o sucesso dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, incluindo novos temas, como a mudança global do clima, desigualdade econômica, inovação, consumo sustentável, paz e justiça, entre outras prioridades. São eles: erradicar a pobreza; erradicar a fome; saúde de qualidade; educação de qualidade; igualdade de gênero; água potável e saneamento; energias renováveis e acessíveis; trabalho digno e crescimento econômico; indústrias, inovação e infraestruturas; redução das desigualdades; cidades e comunidades sustentáveis; consumo e produção responsáveis; ação contra a mudança global do clima; vida na água; vida terrestre; paz, justiça e instituições eficazes; parceiras e meios de implementação.
Trata-se, portanto, de objetivos interconectados, já que seu sucesso envolve o combate a temas que estão associados a outros objetivos, com o espírito de parceria e pragmatismo, para fazermos as escolhas certas e para melhorar a qualidade de vida, de forma sustentável, para a atual e futuras gerações. Deste modo, eles combatem as raízes das causas da pobreza e nos unem para fazermos uma mudança positiva para as pessoas e para o planeta, já que o desenvolvimento precisa ter o mesmo valor que o meio ambiente para solucionar os desafios do futuro.
