Muitos idosos passam a morar sozinhos à medida que os filhos crescem e saem de casa. Quando um cônjuge falece, agora dois que podiam se ajudar, reduz para apenas um, e muitas vezes piorando a situação, seja pelo processo de envelhecimento com cataratas, surdez, artroses, perda de movimentos e quadros demenciais, e também não desejam passar a morar junto com algum dos filhos. Alguns mecanismos ajudam a evitar problemas no uso de remédios.
Primeiramente, o filho ou neto responsável sempre deve ir à consulta médica com seu parente idoso e conversar com o profissional sobre a situação de saúde e os medicamentos que irão usar. Deve perguntar tudo se tiver dúvidas, e obter o número de celular do médico para dúvidas futuras.
Fazer uma lista completa e atualizada de todos os remédios que o idoso utiliza, mesmo os que não têm prescrição ou fitoterápicos, facilita em emergências. É importante que haja dados como doses, horários, nome do médico que prescreveu e indicação/tratamento e que esta lista fique em local de fácil e rápido acesso.
É comum não se prestar atenção à bula e ao prazo de validade, mas deve-se adquirir o hábito. Nunca se deve comprar remédios com o prazo de validade próximo e os vencidos, mesmo que por um dia e só tenha utilizado apenas um comprimido da caixa, mesmo assim devem ser jogados fora. Além disso, cupons fiscais devem ser guardados até terminar a caixa ou frasco e caso ocorra alguma reação relacionada a algum componente do remédio, a empresa fabricante (e farmácia) podem ser responsabilizadas.
Finalmente, os idosos devem ser orientados a seguirem os horários e quantidades de acordo com o indicado pelo médico. Nunca se deve diminuir as doses, mudar horários ou interromper o tratamento sem informar ao médico. O consumo de bebidas alcoólicas com remédios deve ser evitado, mesmo que aparentemente não haja interação.
Filhos e netos responsáveis por um parente idoso precisam ajudá-lo neste controle da administração de medicamentos e evitar que passe por situações algumas vezes irreversíveis.
