Boa parte das lojas do comércio prudentino iniciou o primeiro expediente do ano, ontem, com ofertas e descontos para chamar os consumidores. São as tradicionais liquidações de janeiro para queima de estoques pós-festas e também para aquecer o setor, pois janeiro é considerado um mês de baixo movimento. "As pessoas começam o ano cheio de contas, com vencimentos de impostos, reajustes tarifários, de serviços, e resistem às compras neste período", explica Kelly Nicolede, gerente da Mais Bela Calçados.
Ontem o comércio na área central funcionou das 9h às 15h, mas com movimento bem tímido. No estabelecimento gerenciado por Kelly, todos os sapatos estão com descontos, com variações médias de 50%. "É preciso baixar o preço para ser atraente ao consumidor", expõe.
Liquidações buscam melhorar vendas no mês mais crítico para o setor
Algumas lojas ainda não deram início à temporada de promoções, mas já planejam a estratégia de vendas para este mês. É o caso da B1, que comercializa roupas, calçados e acessórios femininos. "Como sempre, por se tratar de um mês fraco de vendas, deveremos nos planejar para uma promoção logo", comenta.
A dona de casa Ilza Maria da Silva esteve ontem de manhã no calçadão da Rua Tenente Nicolau Maffei para verificar os preços. Ela e sua família já saíram de casa em busca de descontos. "Tínhamos tudo planejado. Como é algo tradicional, a gente sempre espera esta temporada de preços baixos", relata.
De acordo com Vitalino Crellis, presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente e Região), as liquidações são necessárias para circular dinheiro no comércio. "Depois do aquecimento de vendas no Natal, é natural que o movimento caia. Mas se tratando de janeiro, que o período de vencimentos de muitas contas, se não fossem pelas promoções, o setor não teria giro", analisa.
Segundo ele, nesta primeira semana de janeiro o movimento ainda será muito fraco, mas a expectativa é que as vendas sejam razoáveis até o final do mês. "Vai melhorando aos poucos. Acabamos de passar pelas festas. As pessoas estão se recompondo ainda, em vários sentidos", declara.
